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Campanha Salarial
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Campanha Salarial: sem proposta saída é a luta por direitos

Por Cristiane Alves | 22 out 2019

Metalúrgicos de Osasco, Jandira, Itapevi, Cotia e Vargem Grande Paulista participaram da última rodada de seminários de mobilização da nossa Campanha Salarial, no sábado, 19. Foi o momento de conhecer os detalhes da negociação e também de avaliar e construir estratégias para defender os direitos da Convenção Coletiva e também para fortalecer o nosso Sindicato.

Secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan, explica negociações em seminário

O secretário-geral do nosso Sindicato, Gilberto Almazan, detalhou como se dá a organização dos patrões para negociar com os trabalhadores: eles também têm seus sindicatos, conforme o ramo de produção, e estes se juntam em grupos patronais para se fortalecer na pressão sobre nossos direitos. Com isso, são realizadas negociações com até dez grupos patronais. “Isso faz com que a nossa organização tenha de ser ainda maior para se contrapor aos patrões e defender nossos direitos, ainda mais neste ano em que a pressão é a ainda maior porque eles se apoiam também no desemprego para querer nos obrigar a aceitar a retirada de direitos”, explicou Gilberto que é um dos nossos representantes na mesa de negociações.

Os trabalhadores opinaram sobre a organização para a Campanha Salarial e também sobre ações a serem tomadas pelo nosso Sindicato. “A gente precisa que as pessoas sejam o Sindicato. Quando a gente fala que você precisa se associar, a gente está falando que é o trabalhador que precisa financiar sua luta”, explicou a vice-presidente do Sindicato, Mônica Veloso.

Dialogo da categoria também foi importante na subsede de Cotia

Para quem nunca havia participado das atividades do nosso Sindicato, o incentivo a participação e abertura para o debate surpreendeu. “Gostei, achei bem produtivo. Eu tinha outra visão”, avaliou uma companheira de Jandira.

Além dos seminários, o Sindicato também tem feito uma intensa maratona de assembleias nas portas de fábrica para informar a categoria sobre a pauta apresentada aos patrões – aprovada em assembleia no dia 21 de setembro – e os desafios da luta neste ano.

Agenda de negociações – E a postura patronal confirma a necessidade de se organizar. Nesta quarta-feira, 23, acontece a segunda reunião com o grupo 3 (setor de autopeças); porém, foi somente este grupo que até agora sentou para conversar com os trabalhadores. A postura tem sido de evitar a negociação, num cenário em que se a Convenção Coletiva não for renovada a partir de 1º de novembro, o que vai valer é a legislação trabalhista precarizada pelas recentes reformas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18