Dois companheiros da RPM, em Tamboré, sofreram acidente de trabalho em 23 de agosto, num sábado, quando realizavam horas extras. De acordo com ata da reunião extraordinária da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente), uma cabine de pintura explodiu e atingiu os trabalhadores. O Sindicato solicitou fiscalização urgente por parte do Ministério do Trabalho.  

Segundo o documento, Ney Batista Santos, de 33 anos, quebrou a perna e Francisco Gildario de Aquino, de 37 anos, sofreu queimaduras de primeiro grau no braço. A ata não especifica se os membros atingidos são do lado esquerdo ou direito. 

O Sindicato tomou conhecimento do caso na terça-feira, 2, por meio da CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) entregue pela empresa. O documento foi emitido em 25 de agosto. “A empresa não atendeu o que a legislação pede, no que tange ao prazo de entrega ao Sindicato”, enfatiza o diretor do Sindicato Alex da Força. 

O diretor diz isso porque, segundo a Lei 8213, quando acontece um acidente grave, a empresa deve comunicar o caso a entidade sindical imediatamente. Se a RPM já tivesse comunicado o Sindicato sobre o acidente, o Ministério do Trabalho já teria sido acionado e a fiscalização poderia acontecer com mais antecedência. 

O Sindicato lamenta os acidentes, e não medirá esforços para que a investigação dos fatos ocorra imediatamente. Além disso, a entidade orienta os trabalhadores a denunciaram casos de acidentes dentro da fábrica. Por isso lançou a campanha “Conte pra Gente”, com o objetivo de diminuir o tempo do processo da fiscalização.

Outros acidentes aconteceram – Nos últimos dias, mais três metalúrgicos sofreram acidentes graves no local de trabalho. Dois aconteceram na Stahl, em Itapecerica da Serra, e provocou a morte de Abel José da Luz e feriu a perna de Claudio Ribeiro da Cruz. O terceiro ocorreu na Mineração Taboca, onde Carlos Eduardo da Silva foi eletrocutado e, segundo informações passadas ao Sindicato, ainda está internado.