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Ato marca os 55 anos da Greve de Osasco

Por Bianca Silva | 02 ago 2023

Um ato em frente à Meritor, em 18 de julho, marcou os 55 anos da Greve de Osasco. Deflagrada em 16 de julho de 1968, o movimento grevista parou a Cobrasma, a Lonaflex, Braseixos, Barreto Keller, Fósforos Granada e entrou para a história como um dos principais movimentos de resistência operária e estudantil contra a ditadura.

Sindicatos e trabalhadores durante o ato de 55 anos da Greve de 68

Organizado pelo Sindicato, o ato reuniu lideranças importantes da região, entre elas representantes dos químicos, dos arquitetos, dos comerciários, da Apeoesp e do IIEP. Participaram também, Cida Lopes, da Frente Brasil Popular, e Roque Aparecido, militante da greve de 68. Durante o encontro, os dois companheiros lembraram de alguns momentos que marcaram, não só as suas histórias, mas de todos e todas.

O presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho) destacou a importância de os trabalhadores e trabalhadoras participarem do ato: “ Estamos aqui não só para lembrar do que aconteceu em 68, mas para lembrar dos companheiros e companheiras que se organizaram para defender seus direitos. É nosso dever não deixar que eles sejam esquecidos”.

Presidente do Sindicato, Gilberto Almazan conversando com os trabalhadores durante o ato

Roque Aparecido, conta que a greve foi possível graças as comissões de fábrica, que ajudavam na organização dos trabalhadores. “Foi querendo mudar a situação dos trabalhadores que, além da repressão, tinham seu trabalho constantemente desvalorizado. Só conseguimos organizar essa greve porque nós tínhamos as comissões de fábrica nas principais fábricas de Osasco”, relembra Roque, que enfatizou: “perdemos companheiros assassinados por liderarem as greves e serem resistência à ditadura.”

Roque Aparecido, militante de Greve de 68 conmpartilhando um pouco de sua vivência da greve com os trabalhadores

Cida Lopes, da Frente Brasil Popular, também esteve no ato e compartilhou do tempo que trabalhou na Cobrasma. “Meu primeiro emprego formal foi na Cobrasma, onde me aproximei da luta dos trabalhadores, depois que saí da Cobrasma, fui trabalhar no centro de defesa dos direitos humanos, onde defendia o trabalho decente, um salário justo e moradia. E temos que nos empenhar nessa luta, pelo trabalho de carteira assinada, um salário justo para gente ter uma vida digna”, disse.

Cida Lopes, da Frente Brasil Popular dialogando com os trabalhadores durante o ato

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18