O sol ainda estralava quando, por volta das 16h, militantes começaram a chegar na quinta-feira, 31, à Praça da Praça da Sé. Os metalúrgicos de Osasco e região também compareceram ao local para defender a democracia e protestar contra a retirada de direitos.

Balões, faixas e cartazes reforçavam o motivo da organização: “Golpe nunca mais”. As bandeiras de entidades, como a do nosso Sindicato e de outras categorias, enfatizavam que a luta contra o golpe é organizada. 

A Praça ficou pequena para abrigar tanta gente, tanto que a rua lateral da catedral também foi tomada pela diversidade: homens, mulheres, jovens, idosos. Cenário igual aconteceu nos quatro cantos do país para reforçar a defesa do provo pela democracia, pelos resultados das urnas, pelos direitos já conquistados até aqui. Também de manifestação contra o golpe em outros países, em que brasileiros se solidarizam com a luta para fortalecer a nossa democracia.

“Viemos para manifestar contra o golpe em curso, e que também é um golpe contra os nossos direitos já adquiridos”, conta o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Nos caminhões de som espalhados pela Praça, os organizadores ligados a Frente Popular, que reúne diversos movimentos, entoavam a voz e puxavam o coro “Não vai ter golpe”, som que invadiu também a estação Sé do Metrô no vai e vem de pessoas, que também se manifestaram a favor da democracia.

Durante as falas, foi lembrado que há 52 anos ocorria o golpe militar, em 31 de março de 1964 em nosso país. A ditadura durou 21 anos e deixou feriadas que não cicatrizaram até hoje. O período foi um retrocesso em todos os sentidos, e boa parte dos erros e atrocidades cometidos ainda não foi reparado.

Ameaças de direitos – Atualmente, existem 55 projetos em tramitação no Congresso que podem representar ameaças aos direitos já conquistados, inclusive os trabalhistas, como a ampliação da terceirização nas atividades fins. Em nota já publicada por aqui mostramos que todos esses projetos ganham força no atual cenário. Releia aqui.