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Ato e Canto pela Vida chama atenção para os acidentes e doenças do trabalho

Por Auris Sousa | 30 abr 2024

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Denúncia, reflexão, placas, faixas, e comprometimento de luta preencheram a Praça Vladimir Herzog Espaço Cultural a Céu Aberto Elifas Andreato, no domingo, 28, quando aconteceu o Ato e Canto pela Vida.  Organizado por mais de 40 entidades, o Ato deu visibilidade aos graves números de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, e cobrou medidas de prevenção.

Ato ficou lotado para lembrar por vítimas do trabalho, e cobrar justiça e prevenção

O Ato aconteceu exatamente no Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho. Um manifesto (leia aqui) criado pelas entidades organizadoras do Ato foi distribuído no local, entre diversas informações importantes, o destaque para os números alarmantes:  entre 2012 e 2022, foram notificados no Brasil 6.774.543 acidentes de trabalho. Destes, 25.492 resultaram em mortes, ou seja, uma pessoa morreu a cada 3 horas e meia. Os dados são do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho.

Gilberto Almazan (Ratinho), presidente do Sindicato

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Gilberto Almazan (Ratinho), o momento foi de reafirmar os compromissos da entidade: ”primeiro, na organização, mobilização e formação dos trabalhadores na luta por saúde e segurança; segundo, na cobrança para que o Estado cumpra com o seu papel de proteger os trabalhadores do país; e terceiro, cobrar das empresas local de trabalho seguro”. 

Diretoria do Sindicato presente

A unidade das entidades foi um dos pontos altos deste 28 de Abril. “Nós conseguimos numa movimentação inédita trazer junto para este espaço as centrais sindicais, sindicatos que não estão filiados às centrais, movimentos sociais, gente ligada à arte, à música, que juntos estão fazendo uma coisa só: defendendo a vida, que haja local de trabalho que respeite a saúde e segurança das pessoas”, destacou Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania. 

Para Elias de Gois, presidente do Cissor, “é fundamental que as entidades e trabalhadores continuem unidos na luta por ambientes de trabalho seguros e saudáveis para todos”.

Unidade Ampliada

A organização do grupo já surte efeitos para além do Ato e Canto Pela Vida. Durante o evento, o Superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego do estado de São Paulo, Marcus Alves de Mello, anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Sindical para a Prevenção de Acidentes no estado de São Paulo. 

“O objetivo é encontrar soluções para diminuir os acidentes no estado. Na Superintendência, nós vamos indicar os membros do governo, e as centrais vão indicar seus representantes, posteriormente vamos convidar representantes patronais. Por isso é um grupo de trabalho”, explicou Mello. 

Banda Inimigos do Batente

Na Praça, também aconteceu o tradicional encontro gastronômico cultural “Todo mundo tem que falar, cantar e comer!” e apresentação musical dos Inimigos do Batente, com repertórios relacionados a vida do trabalhador. Teve o ato das velas e por fim, a realização de uma obra coletiva a “Árvore da Vida” com a marca das mãos dos participantes, cuja o tronco foi feito por Laura Andriato, filha do Artista gráfico Elifas Andreato. 

Árvore da Vida feita por várias mãos

Entre as 45 entidades organizadoras e participantes do Ato e Canto pela Vida, estão: Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, o Fórum das Centrais Sindicais, Cissor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região), Fundacentro, Oboré, Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto), Diesat. 

Assista ao Hora da Boia:

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #22