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Agenda da Classe Trabalhadora pode ser escudo contra ameça, mostra Dieese

Por Auris Sousa | 17 maio 2016

As conquistas dos trabalhadores estão sob ameaça. Chamada de “Uma ponte para o futuro”, a agenda proposta pelo presidente interino, Michel Temer, tem alvos muito bem delineados: direitos trabalhistas e sociais. Contra estes riscos, além da mobilização, os trabalhadores têm como escudo a Agenda da Classe Trabalhadora, que reúne propostas como investimentos nas áreas da Saúde, Educação, Segurança, Mobilidade Urbana e, claro, no Mundo do Trabalho. 

Apresentadora Cristiane Alves e técnico do Dieese Thomaz Jensen durante gravação do Visão Trabalhista Entrevista

Apresentadora Cristiane Alves e técnico do Dieese Thomaz Jensen durante gravação do Visão Trabalhista Entrevista

“A realidade que a gente vive hoje é desafiadora. Estancar o aumento do desemprego e começar a geração de emprego é a prioridade”, disse o técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Thomaz Jensen ao Visão Trabalhista Entrevista, programa de TV do Sindicato.

E esses pontos fazem parte da Agenda da Classe Trabalhadora, criada em 2010 pelas centrais sindicais. “Um amplo conjunto de propostas [da Agenda], já desdobrada em projetos de leis, que tramitam no Congresso, buscam o crescimento econômico com geração de emprego e com distribuição de renda”, observou Jensen.

Entre as medidas elencadas na Agenda de Desenvolvimento estão a redução da jornada para 40 horas, sem redução dos salários; a continuidade da valorização do salário mínimo; a igualdade de oportunidade para homens e mulheres; reforma agrária e agrícola; combate à demissão imotivada; valorização das aposentadorias. 

Na contramão disso, o Visão Trabalhista Entrevista mostra que o que está posto na mesa são incertezas recheadas de ameaças. Exemplo disso é o projeto de lei complementar 30, em tramitação no Senado, que deve contar com o apoio do governo Michel Temer. Com a intenção de ampliar a terceirização até mesmo nas atividades fins, ele é visto pelas centrais como um grave retrocesso para os direitos dos trabalhadores.

Uma das grandes conquistas dos trabalhadores nos últimos anos também está colocada em xeque: a política de elevação do salário mínimo, baseada no crescimento do país nos anos anteriores, e que conseguiu elevar o seu valor real em até 77%. Assim como ameaças a Previdência Social.

Este programa do Visão Trabalhista Entrevista vai ao ar na segunda-feira, 23, na TV Osasco (Canal 3 da NET), às 10h30. 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18