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Agora, metalúrgicos da Corneta se manifestam contra retirada de máquinas

Por Cristiane Alves | 22 fev 2016

Os metalúrgicos da Corneta montaram uma vigília em frente à empresa para impedir a retirada de máquinas de dentro do prédio. A metalúrgica de Osasco declarou aos funcionários o encerramento de suas atividades, em janeiro, propondo o pagamento parcelado das verbas rescisórias.

A empresa foi vendida para o grupo W.Legacy, em agosto de 2015, cujo capital está sediado nas Ilhas Virgens Britânicas. Em dezembro, no retorno das férias coletivas, os trabalhadores foram surpreendidos pela notícia do encerramento das atividades.

Desde então, o Sindicato e uma comissão de trabalhadores buscam um acordo em relação ao pagamento das verbas rescisórias. Inicialmente, a proposta da Corneta foi pagar em 24 vezes. Mas, além de não concordarem com tal parcelamento, os trabalhadores questionam a falta de garantias de que irão receber.

A questão foi discutida em audiência de conciliação no TRT-2ª Região (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), na terça-feira, 16. Mas não houve acordo, já que a empresa insistiu na proposta sem oferecer garantias. A questão vai para julgamento, que irá acontecer nos próximos dias.

Em assembleia, na quarta-feira, 17, os trabalhadores reafirmaram que são contra a proposta e vão lutar para que a Corneta lhes apresentem garantias, como o terreno onde fica a fábrica.

Mas, enquanto isso, os trabalhadores foram surpreendidos pela notícia de esvaziamento da empresa. “Vamos tomar todas as medidas que a luta nos permite e também jurídicas para resguardar os direitos de todos os trabalhadores da Corneta. Se a empresa retirar uma máquina da planta, demonstra falta de lealdade com as negociações”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Ao todo, a Corneta emprega 280 metalúrgicos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18