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Desafio da segurança alimentar passa por política pública que chegue aos mais pobres, diz Consea

Por Auris Sousa | 31 out 2012

Um dos desafios para garantir o direito à alimentação e à segurança alimentar no país é criar mecanismos que garantam que as políticas públicas cheguem efetivamente aos mais pobres. A conclusão é da conselheira nacional do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Marília Leão.

Segundo Marília, uma forma de garantir que as políticas e ações de segurança alimentar cheguem à ponta é fortalecer os conseas estaduais. “Os estados precisam se organizar para fazer as políticas chegarem de fato. Somos muito bons em formular políticas, mas, muitas vezes, elas sofrem desestruturações até chegar à ponta”, disse nesta quarta-feira, 30, ao participar do seminário Desafios Globais para o Direito Humano à Alimentação, à Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, organizado pelo Consea.

O investimento na capacitação dos servidores é outro ponto apontado pela conselheira como necessário para aprimorar a correta aplicação das políticas públicas.

A secretária executiva daCaisan (Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional), Maya Takagi, destacou no seminário que a segurança alimentar não se restringe ao acesso ao alimento, trata-se de um conceito mais amplo que abrange também o acesso à terra, aos meios de produção e o acesso a alimentos saudáveis e com cultivo livre de agrotóxicos. “O acesso à terra ainda é um gargalo que gera insegurança alimentar. É preciso destacar ainda que hoje vivemos uma realidade preocupante em relação ao sobrepeso”, disse.

No seminário são apresentadas políticas públicas, programas sociais e experiências relacionadas ao combate à fome. Entre os participantes estão representantes de organizações da Índia, Moçambique e Equador.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11