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MP Fire demite 60 companheiros após fim da obrigatoriedade do uso de extintor

Por Auris Sousa | 25 set 2015

A metalúrgica MP Fire – Equipamentos de Combate a Incêndio demitiu 60 trabalhadores que trabalhavam na fabricação de extintores automotivos na sexta-feira, 18. A decisão foi tomada após a publicação da resolução do Contran (Conselho Nacional do Trânsito) que torna facultativo o uso de extintor de incêndio nos carros.

“O fim da obrigatoriedade deixa a sensação de desrespeito aos consumidores, ao comércio, a indústria e seus trabalhadores que se empenharam na adequação às normas. A decisão foi no mínimo precipitada, mais uma vez faltou diálogo“, avalia o diretor Sertório.

Na MP, 60 metalúrgicos perderam emprego depois da nova resolução que colocou fim da obrigatoriedade do uso de extintor

O diretor diz isso porque só neste ano o Governo adiou três vezes a exigência dos extintores de incêndio nos automóveis. Isso significa que uma parcela considerável dos consumidores já tinha feito a compra, aguardando o início da vigência da regra que estava prevista para 1º de outubro. Teve também comerciantes que desembolsaram dinheiro para estocar o equipamento, assim como empresários que investiram em maquinário e matéria-prima.

A MP atua neste setor há mais de 15 anos, sendo que nos últimos anos o extintor em questão era um de seus carros chefes. Com o fim da obrigatoriedade a empresa amarga prejuízos e não tem como manter o emprego de todos.

“A MP tem consciência da sua função social, por isso, lamentamos a fatídica decisão do Contran, que não nos permitiu alternativa. Aliás, informamos que também, h ouve prejuízos para MP, não apenas a perda de mão de obra qualificada, mas com aquisição de matérias-primas e insumos, além de que teremos que arcar com esses”, diz carta informativa enviada pela empresa ao Sindicato.

Rastro do prejuízo – Segundo a assessoria de imprensa da Abiex (Associação Brasileira dos Fabricante de Extintores) ainda não é possível estimar a queda nas vendas ou quantidade de demissões, mas afirmou que parte dos 10 mil trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva dos equipamentos corre risco de perder o emprego.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18