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Metalúrgicos unem forças contra terceirização

Por Auris Sousa | 15 abr 2015

Com máquinas desligadas, em protesto contra a terceirização nas atividades fins, foi assim que começou a quarta-feira, 15, nas principais metalúrgicas de Osasco e região. A mobilização reforça a posição do Sindicato que é contrário à medida que reduz os direitos dos trabalhadores.

Durante assembleias em diversas empresas, como Aisin, Mecano Fabril, Alka 3, Delphi, Budai, os diretores explicaram o posicionamento da nossa entidade, que há anos batalha para manter a terceirização distante da categoria. “Lutamos contra a precarização de nossas conquistas, e agora a batalha não poderia ser diferente: somos contrários a terceirização na atividade fim, somos contra a qualquer projeto que retira direitos dos trabalhadores”, ressaltou o diretor Alex da Força.

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Para um companheiro da Aisin, em Alphaville, o Sindicato não poderia tomar outra postura. “Tá certo, temos que lutar contra a terceirização mesmo. Não podemos permitir que uma Lei acabe com tudo que temos. Não é preciso ir muito longe para saber o quanto a terceirização afeta os direitos trabalhistas, basta conversar com aqueles que trabalham na faxina e como segurança para termos uma ideia. Nunca ouvi alguém dizer que é feliz por trabalhar em empresa terceirizada”, conta.

Secretaria do Trabalho – Ontem a secretaria do Trabalho de Osasco, Mônica Veloso, secretária-geral licenciada do Sindicato, fez questão de participar de assembleia sobre o assunto na Conformetal, em Osasco. “Já há um problema para os 12 milhões de trabalhadores, que são contratados por empresas terceiras, os quais sofrem com precarização e rotatividade. A expansão da terceirização não será boa para ninguém, por isso temos que defender nossa Convenção Coletiva, nossos direitos, nossos salários”, reforçou.

Além da rotatividade, salários baixos e jornada de trabalho extensa, a terceirização ainda pode comprometer a aposentadoria dos trabalhadores. “Nestas condições, [devido a rotatividade] as pessoas não conseguem se aposentar, ou vão levar mais tempo”, explicou Mônica, que também está tratando deste assunto em suas reuniões com empresários e sindicalistas da região oeste.

Um companheiro da Conformetal concorda que ampliar o debate é necessário. “Isso [a terceirização] não pode acontecer, porque prejudica bastante. Tenho medo de daqui a pouco a gente ter que começar a pagar para trabalhar, por isso temos que mostrar que somos contra”.

Ato – Para aumentar a pressão contra a terceirização nas atividades fim, às 15h, a diretoria do Sindicato vai se juntar a outras categorias na Avenida Paulista. Aos quatro cantos do país, trabalhadores de diversos setores também protestam contra a PL 4330, que regulamenta a terceirização em toda produção.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11