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Metalúrgicas da Epson repudiam a violência contra mulher

Por Auris Sousa | 08 abr 2015

As companheiras da Epson, no Tamboré, comemoraram em assembleia realizada na quinta-feira, 2, a aprovação da Lei 8305/14, que tipifica o feminicidio como homicídio qualificado e o inclui no rol de crimes hediondos. Em sinal da desaprovação pela violência contra a mulher, as trabalhadoras fizeram sinal de “não curti”.

A Lei foi sancionada em 9 de março pela presidenta Dilma Rousseff. “A aprovação da Lei é um avanço não só na luta das mulheres, mas de todos os movimentos e pessoas que batalham por um mundo sem discriminação e mais igualitário”, ressaltou o diretor Alex da Força.

Companheiros da Epson desaprovam violência contra mulher com o sinal não curti

Em resumo, o feminicidio é o assassinato motivado por razões de gênero, menosprezo ou discriminação contra mulheres. Em entrevista ao VTD (Visão Trabalhista em Debate), Fernanda Matsuda, consultora da Campanha Compromisso e Atitude, informou que 4.500 mulheres morrem por ano, isso significa 15 mortes em decorrência do feminicidio.

Para Fernanda, a tipificação do feminicidio como crime hediondo mostra o movimento legislativo na direção de uma atenção mais qualificada para os direitos das mulheres, para uma vida livre de violência. “A violência doméstica e familiar é objeto da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 e desde então tem havido uma grande visibilidade para esta questão, e tornou a sociedade mais atenta para este problema”, avalia.

No entanto, Fernanda enfatiza que não se trata de uma inovação. “Quando a gente insere a qualificadora feminicidio no rol de homicídios qualificados, trata-se de uma nomeação que tem uma força política muito grande e isso chama a atenção da sociedade, chama atenção dos profissionais que tratam do tema da justiça criminal”, reforça.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18