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Brasil reduz em 76% pobreza multidimensional em oito anos

Por Auris Sousa | 01 set 2014

O percentual de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 76% em oito anos, entre 2004 e 2012, segundo estudo do Banco Mundial, divulgado no portal do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) nesta segunda-feira, 1º.  

Já a pobreza crônica no Brasil, quando consideradas várias dimensões de carências e privação de bens, caiu de 6,7% para 1,6% da população no mesmo período.

O estudo considerou pobres de renda aqueles que ganham até R$ 140 mensais. O valor é maior do que a linha de extrema pobreza brasileira, de R$ 77 mensais (equivalente a US$1,25 diário). Se a pobreza crônica considerasse apenas a população em situação de miséria, o percentual da redução seria ainda menor do que o 1,6% da população identificado pelo estudo.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou que o Plano Brasil Sem Miséria foi organizado de forma a enfrentar a pobreza em suas diferentes dimensões, garantindo renda, mas também cuidando de melhorar as oportunidades para inserção econômica dessas famílias, assim como o seu acesso a serviços.

“Construímos o Plano Brasil Sem Miséria olhando o conjunto da população pobre e extremamente pobre”, explicou ela. “Sempre agimos de maneira multidimensional e os dados do Banco Mundial comprovaram isso.”

Entenda: O trabalho, focado na pobreza multidimensional, considerou, além da renda, sete dimensões da pobreza: se as crianças e adolescentes até 17 anos estão na escola, os anos de escolaridade dos adultos, o acesso à água potável e saneamento, eletricidade, condições de moradia e, finalmente, a bens, como telefone, fogão e geladeira.

A pobreza é considerada crônica quando são registradas privações em pelo menos quatro destas sete dimensões. O estudo utilizou dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), produzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18