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Trabalhadores conquistam PLR a base de muita luta

Por Auris Sousa | 06 maio 2014

Trabalhadores conquistam PLR a base de muita luta

Nada vem de graça. E foi com muita luta que o movimento sindical conquistou a PLR (Participação de Lucros ou Resultados), que é uma forma justa de recompensar em dinheiro os resultados positivos dos trabalhadores.

A luta pela divisão dos lucros é antiga. Embora seja garantida pela Constituição, a mobilização sempre se fez necessária e se tornou mais palpável depois de uma intensa luta encabeçada pelo movimento sindical. Graças à isso em 1994 foi editada em Medida Provisória (a MP 794), depois, em 2000, foi transformada na Lei 10.101/00, com os esclarecimentos sobre as condições e como devem ser negociados entre os patrões e os sindicatos.

“O país passava por um período de intensa inflação, quando o movimento sindical aumentou a pressão e conquistou a regulamentação da Lei que já existia há décadas”, explica o economista e assessor do Sindicato, Edgar Nobrega.

No entanto, Nobrega ressalta que “a Lei é um incentivo para que as partes dialoguem e estabeleçam um acordo”. Por isso que a discussão de PLR ganha cada vez mais importância nas negociações do nosso Sindicato.

 O metalúrgicos José Ricardo Gouveia Neto sabe bem disso. O companheiro trabalha há nove anos na Alvenius, em Cotia, e desde então recebe PLR. O mesmo não acontecia em seu trabalho anterior, em que trabalhava numa logística. Para ele o respaldo do Sindicato faz toda a diferença.  “O nosso Sindicato é muito forte, vai na porta da empresa, faz barulho. O apoio dele é essencial para a conquista de PLR”, avalia Neto.

Mais dinheiro no bolso do trabalhador

Em 2013, uma das principais bandeiras do movimento sindical entrou em vigor: a isenção total de PLR de até R$ 6 mil do imposto de renda. Para valores acima, foram criadas escalas de alíquotas, de 7,5% até 27,5%, dependendo do valor recebido.

Neste ano, os trabalhadores tiveram mais uma vitória, com o aumento de R$ 270 no limite anual de isenção para PLR. Mas como a luta nunca termina. Os sindicalistas ainda reivindicam a extensão da isenção para PLR de até R$ 12 mil.

Reivindicação que é aplaudida pelos companheiros da Ctrens/Caf, em Osasco, que em 2013 engordaram sua renda em R$ 7 mil recebidos a título de PLR. “Ampliar o limite é essencial, porque vamos poder usar o valor integral sem ter de dividir com o fisco”, avalia o cipeiro Anderson Luciano Soriano Lima.

Mas como a luta nunca termina. Os sindicalistas ainda reivindicam a extensão da isenção para PLR de até R$ 12 mil. É que os companheiros da Ctrens/Caf, em Osasco, também querem. É o que conta a companheira Regiane.

Em 2013, os trabalhadores da Ctrens/Caf engordaram sua renda em R$ 7 mil recebidos a título de PLR. Neste ano, eles ainda sentiram a mordida do leão.

Para o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, a isenção de até R$ 6.270 motiva ainda mais os trabalhadores. “É um fôlego a mais para lutarmos por outras pautas, como a redução da jornada, fim do fator previdenciário, entre outras demandas”, defende.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18