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Fórum amplia conhecimento sobre possibilidades de inclusão

Por Cristiane Alves | 11 abr 2014

Das recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho) até as perspectivas para a Lei Brasileira de Inclusão, o Fórum de Inclusão de Pessoas com Deficiências apresentou na manhã desta sexta-feira, 11, um amplo panorama do conhecimento a serviço da inclusão de pessoas com deficiências na sociedade, especialmente, no mercado de trabalho. O Fórum antecedeu a abertura da Reatech (feira de tecnologia voltada para inclusão).

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O Sindicato apresentou os dados da pesquisa sobre inclusão nas empresas metalúrgicas de sua base territorial, que mostra que 87,6% das cotas estão preenchidas. Os dados foram apresentados pelo diretor João Batista, que também é secretário de estadual de inclusão da Força Sindical.

Comparando-se a realidade regional com a brasileira, é possível perceber o contraste: apenas 22,4% das cotas estão preenchidas. “Isso mostra que precisamos sensibilizar as empresas porque os trabalhadores com deficiências não precisam de esmola, precisam de oportunidade”, alertou João.

O consultor Romeu Sassaki, abordou as recomendações da OIT para inclusão, que, dentro das políticas de trabalho decente, é vista também como uma estratégica para enfrentamento da pobreza no mundo.

Sassaki defendeu a Lei de Cotas, apesar de entender que ela precisa ser aprimorada: “Estamos preocupados com números, mas está provado que a lei pode ser muito mais eficiente se fizermos a inclusão com qualidade e uma das formas é fazermos a conscientização dos gerentes”.

Cabeça de juiz – O procurador do Ministério Público do Trabalho, Ramon Bezerra dos Santos, entende que também os juízes precisam passar por essa conscientização. Mas não é o momento do julgamento o mais adequado. “O melhor lugar para mudar posição dos juízes e desembargadores não é o julgamento é um encontro como esse, para conversar e mostrar do que as pessoas com deficiências são capazes”, explicou durante sua palestra a respeito do trâmite de ações reivindicatórias de direitos das pessoas com deficiências na Justiça.

A tendência é que essa mudança também seja favorecida com a entrada em vigor da Lei Brasileira de Inclusão, cuja relatoria é feita pela deputada Mara Gabrilli (PSDB). A Lei – antes chamada Estatuto da Pessoa com deficiência – tende a reunir um conjunto de direitos das pessoas com deficiências nos mais diferentes setores: Educação, Trabalho, Mobilidade, Saúde, entre outros. “É muito difícil fazer inclusão, se a gente não olhar o todo. É a política que tem de ser mais global, tem de levar em consideração todos os setores”, defendeu a deputada.

O texto será encaminhado ao plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovado sem alterações, seguirá para o Senado. Para isso, depende da pressão popular. “É muito importante a participação da sociedade”, afirmou a parlamentar.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11