Representantes das centrais sindicais tomaram conhecimento do pacote de concessões de rodovias e ferrovias antes de seu anuncio oficial. A informação foi passada aos sindicalistas pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, nesta quarta-feira, 15, horas antes da divulgação nacional do projeto.

Em entrevista para a agência Brasil, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reclamou que mais uma vez o governo apresentou aos sindicalistas um plano já pronto, que não está aberto à discussão e sugestões e cobrou a inclusão de contrapartidas para os trabalhadores, como a criação de empregos e qualificação.

O presidente do Sindicato concordo com Miguel, mas diz que ainda há tempo do movimento sindical se manifestar. “É lamentável que o plano não tenha sido apresentado antes para o movimento sindical. No entanto, ainda é tempo de ouvir os trabalhadores, devemos exigir que o projeto seja cumprido até seu prazo de conclusão e que ele não traga tantos impactos ambientais, por exemplo”, ressaltou Jorge.

Em relação à seleção do concessionário, que será privado, a avaliação de Miguel Torres é de que realmente não se trata de privatização.  “Ela [a presidenta Dilma Rousseff] está acompanhando a mudança do mundo. Ser contra a privatização por ser está caindo. Ela está vendo que tem a necessidade de envolver o capital privado cada vez mais na economia”, disse Miguel Torres à Agência Brasil.

O pacote anunciado pelo governo prevê investimentos e a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias pelos próximos 25 anos.