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Jorge Nazareno

Por Auris Sousa | 19 nov 2013

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Opinião

Muito a lutar para que haja igualdade.

O último levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) a respeito da situação dos negros no Trabalho é reveladora do estágio da luta por igualdade racial no Brasil. De um lado, a inserção dos negros no mercado de trabalho das regiões metropolitanas foi superior a dos não negros. Porém, persiste a disparidade de renda. Em média, por exemplo, um trabalhador paulistano ou mineiro negro ganha 36,1% daquilo que recebe um não negro que mora na mesma região.

Precisamos transpor o preconceito histórico de nossa sociedade para garantir a igualdade em todos os espaços. Um dos espaços, é, sem dúvidas, as escolas. É preciso garantir a aplicação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em nas escolas, do ensino fundamental até o ensino médio. Afinal, como garantir que os trabalhadores de amanhã saibam exigir os seus direitos, se não conhecem nem a sua própria história? E mais, é preciso que essa história seja tornada comum, a negros e não negros.

Isso é importante até para que fique cada vez mais disseminado o real sentido do 20 de novembro: mais que um feriado é a lembrança da luta de Zumbi dos Palmares, líder do maior símbolo de resistência contra a opressão branca e racista durante o Brasil escravagista.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11