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Jorge Nazareno

Por Auris Sousa | 05 nov 2013

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Opinião

Rotatividade em pratos limpos.

Todos os anos, 20 milhões de brasileiros mudam de posto de trabalho, de acordo com estudo do Dieese com o Ministério do Trabalho. São demitidos para redução de custos, porque muitos empresários consideram que trocar um auxiliar de produção por outro é somente questão de número, mera reposição. O trabalhador fica sem perspectivas de carreira, sem direitos, com salário achatado. São os prejuízos da rotatitividade.

São esses brasileiros que dependem do seguro desemprego. É para eles que o governo dificulta o acesso ao seguro.

À imprensa, na quinta-feira, 31, (leia na p. 3), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou clara a pretensão de “cumprir as metas fiscais e reduzir as despesas públicas”. O ministro anunciou que iria conversar com as centrais sindicais sobre alterações nas regras do seguro.

Para o ministro, não faz sentido os gastos com o seguro ser da ordem de R$ 47 bilhões – quase 1% do PIB (Produto Interno Bruto) – enquanto cresce a geração de empregos. Mantega aponta a hipótese de empresas estarem fraudando o seguro, obrigando o trabalhador a abrir mão de parte do salário em carteira para receber “por fora”. Ele se mostra também preocupado com a rotatividade e aponta como medida para combatê-la os cursos de qualificação profissional.

Como se vê, a conversa com as centrais vem em boa hora: hora de colocar a rotatividade em pratos limpos.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected].

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11