O último boletim do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do ICT (Índice da Condição de Trabalho), aponta que, no segundo trimestre de 2024, o indicador se mantém em ritmo de melhora, como observado no primeiro trimestre do ano.

Foto:Agência Brasil

O índice, que sintetiza a situação do trabalho no Brasil, varia entre 0 e 1 e representa três dimensões: Inserção Ocupacional, Desocupação e Rendimento. Quanto mais próximo de 1, mais positiva é a análise da situação do mercado de trabalho; quanto mais próximo de 0, mais negativa.

Segundo o documento, no último trimestre, o índice avançou para 0,63, o que representa 0,06 pontos a mais quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

As outras dimensões também tiveram um avanço. Na Inserção Ocupacional, o índice subiu de 0,42 para 0,46, resultado do crescimento da ocupação formal e do aumento de contribuintes da previdência. Já na Desocupação, o crescimento foi de 0,70 para 0,78, representado pela diminuição, ainda que tímida, da taxa de desocupação no país. Por último, no Rendimento o salto foi de 0,58 para 0,65 graças ao crescimento do rendimento médio real.

Além disso, o estudo observou que a média dos últimos quatro trimestres manteve sua trajetória de crescimento, alcançando 0,60. As três dimensões acompanham esse crescimento, contribuindo para uma avaliação positiva geral do mercado de trabalho.

No entanto, o DIEESE alerta que ainda há desafios a enfrentar, como a piora na distribuição dos rendimentos, que impacta diretamente o consumo das famílias, essencial para sustentar o dinamismo econômico.

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