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De janeiro de 2021 a abril de 2022, houve o fechamento de 6,6 mil vagas de trabalho formal para as pessoas com deficiência

Por Auris Sousa | 10 ago 2022

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O dado alarmante para a luta pela inclusão foi passado por Leandro Hori, técnico do Dieese e faz parte da Nota Técnica 268.

Leandro participou nesta quarta-feira, 10, de reunião de preparação do próximo Diálogos sobre Diversidade, organizado pelo Espaço da Cidadania e MPT (Ministério Público do Trabalho). Na ocasião, o técnico do Dieese explicou que a qualidade do emprego tem uma queda em tempos de crise econômica.

Para reverter este cenário, além da melhora na economia, ele considera necessário o fortalecimento da fiscalização; maior discussão e aprofundamento sobre a contratação de trabalhadores com deficiência nas negociações coletivas; criação de mais fontes de informação sobre os trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho.

“O movimento sindical precisa de informações, de subsídios para que a inclusão seja feita de forma mais adequada, por meio das convenções coletivas”, avalia.

Sindicatos

Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania concorda. “Por meio da convenção, a conscientização no local de trabalho será reforçada, os trabalhadores com deficiência poderão ter mais oportunidades, e os mitos em torno da não contratação serão derrubados”, avalia.

Para José Carlos do Carmo (Kal), coordenador do projeto de inclusão na SRTb-SP, a existência e divulgação de dados são essenciais para o avanço de qualquer ação. “Indicadores servem para corrigir os rumos na tentativa de resgatar o direito da pessoa com deficiência ao trabalho”, avalia, e reforça que Leandro apresenta a mesma percepção que “temos”:

Durante o encontro, Valdirene de Assis, procuradora do trabalho compartilhou a dificuldade que o próprio Ministério Público do Trabalho tem para ter acesso a informações a respeito de contratação de trabalhadores com deficiência.

“Ficou mais burocrático e difícil ter um acompanhamento cotidiano e imediato dos dados, sem eles, é fato, o nosso poder de investigação e inclusão é afetado. Ou seja, o nosso cotidiano está mais complexo e adverso, e para as empresas está mais fácil de postergar”, lamenta.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11