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Pequena metalúrgica abre suas portas para deficiente

Por Auris Sousa | 12 abr 2013

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Enquanto grandes empresas – com mais de cem trabalhadores – apresentam dificuldades para contratar pessoas com deficiência, uma pequena metalúrgica de Vargem Grande Paulista, a Flynn, apresenta um cenário bem diferente. Isto porque um dos seus 30 trabalhadores tem Mal de Pott – uma deformação na coluna.

Há 14 anos na empresa, Carlos Domingues Cardoso, de 53 anos, conquistou a vaga de emprego graças à sua competência. Segundo Renato Ferraz, um dos proprietários da Flynn, Cardoso procurou a empresa, passou na entrevista e foi contratado, como qualquer outro trabalhador.

No início ele trabalhava no chão da fábrica, como operador de máquinas, mas quando surgiu uma vaga de porteiro resolveu se candidatar e a conquistou. “Trato bem as pessoas, assim como gostaria de ser tratados, e elas me respeitam”, ressaltou.

A Lei

A Lei de Cotas determina que apenas as empresas com mais de 100 trabalhadores cumpram uma cota, proporcional ao seu tamanho, com cargos para deficientes. Assim, aquelas com até 200 de trabalhadores devem reservar 2% de seu quadro para atender à Lei. De 201 a 500 trabalhadores, 3%. De 501 a mil, 4%, e de 1.001 em diante, 5%.

Logo, na Flynn a contratação aconteceu por consciência e não por força de lei. Isto porque a visão da empresa é de inclusão, já que os seus proprietários conhecem bem o potencial de pessoas que têm deficiência. O conhecimento veio com Artur Paulo Ferraz, filho de Renato. O rapaz nasceu com Meningocele – uma lesão rara – e com o passar dos anos perdeu o movimento das pernas.

Desde criança, Artur leva uma vida social de acordo com sua idade. Quan

Artur e Carlos mostram deficientes são bem-vindos no mercado de trabalho

do criança acompanhava seus pais nos passeios aos shoppings, frequentava escola e cursos, e também praticava esportes. Após os 18 ano, ingressou na autoescola e passou a frequentar casas noturnas junto com seus amigos.

Além disso, acompanhou ao longo de seu amadurecimento a vida de empresário de seus pais e hoje com 26 anos, conhece cada pedacinho da empresa e é o braço direito de seu pai. “Faço faculdade de administração, escolhi o curso porque decidi que vou levar os negócios da família adiante”, ressaltou.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11