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Novo índice criado pelo Dieese mostra piora nas condições de trabalho em 2018

Por Auris Sousa | 25 abr 2019

“Estamos na UTI sem a perspectiva de sair”, é o que disse o técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, ao lançar nesta quinta-feira, 25, o ICT (Índice da Condição do Trabalho). Isto porque o indicador mostrou que as condições de trabalho no país pioraram no último trimestre de 2018, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

Clemente apresente dados do Índice de Condições de Trabalho

Neste período, cresceu a desigualdade de rendimentos (de 0,46 para 0,44), também teve o crescimento do trabalho informal (de 0,33 para 0,29). Já a desocupação mostrou estabilidade, em 0,36 ponto.

A piora na inserção ocupacional foi resultado do aumento do trabalho informal, de qualidade mais baixa, diminuindo a proporção de empregos formais. Já no âmbito do rendimento, a piora foi puxada pela alta da desigualdade de renda.

Entenda – O ICT varia entre 0 e 1 e é resultado da composição de três dimensões: ICT-Inserção Ocupacional (formalização do vínculo de trabalho, contribuição para a previdência, tempo de permanência no trabalho); ICT-Desocupação (desocupação e desalento, procura por trabalho há mais de cinco meses, desocupação e desalento dos responsáveis pelo domicílio) e ICT-Rendimento (rendimento por hora trabalhada; concentração dos rendimentos do trabalho).

“O indicador não define a condição ideal do trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero, pior”, destaca o Dieese.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18