O Sindicato comemora nesta quarta-feira, 12, um grande avanço: 48,6% das Metalúrgicas cumprem integralmente ou mais a Lei de Cotas. A informação faz parte da “8ª Pesquisa: Trabalhadores com Deficiência no Setor Metalúrgico de Osasco e Região”, divulgada pela entidade e pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco.

A informação foi bem recebida pela entidade, empresas e parceiros pela inclusão, que lotaram o auditório do Sindicato. No entanto, ela veio acompanhada de um fator negativo: 3,7% das metalúrgicas desrespeitam a Lei de Cotas.

No levantamento é possível verificar que, em 2013, existiam fábricas na região que não mantinham sequer um trabalhador com deficiência em seus quadros. “Para cada 13 empresas, temos uma que não cumpre a Lei. Se fosse um jogo de futebol ganharíamos de goleada”, brincou o vice-presidente do Sindicato e coordenador do Espaço da Cidadania Carlos Aparício Clemente.

Metalúrgicas têm preferência por tipo de deficiência

O balanço também mostrou que as contratações se concentraram entre as deficiências físicas e auditivas, com 44,7% e 30,3% de vagas ocupadas, respectivamente. Em seguida nos reabilitados, com 10,8%. Enquanto que os trabalhadores com deficiência visual, intelectual e múltipla juntos representaram 14,2%.

Durante a divulgação da pesquisa, Marinalva Cruz, do Padef (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência), enfatizou que “mais de 32 mil pessoas com deficiência procuram emprego. O problema é que as empresas continuam procurando cegos que enxergam, surdos que escutam e cadeirantes que andam”, desabafou.

O evento contou com a participação de trabalhadores com deficiência, representantes de empresas, entidades e escolas especializadas no atendimento a pessoa com deficiência, militantes da inclusão e autoridades.