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40% dos metalúrgicos de Osasco e região param produção devido ao coronavírus

Por Auris Sousa | 26 mar 2020

Interrupção das atividades foram negociadas com o Sindicato  e tem o objetivo de diminuir os riscos de contaminação

O Sindicato dos Metalúrgico de Osasco e Região chamou as empresas metalúrgicas de Osasco e região para negociar medidas preventivas e de combate ao coronavírus (covid-19) dentro das fábricas. Resultado: 40% do total dos metalúrgicos ganham o direito de ficar em isolamento domiciliar, até o momento.

“Este percentual pode ser ainda maior, tendo em vista que empresas pequenas já podem ter parado sem, antes, comunicar o Sindicato”, avalia o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

Licença remunerada foi aprovada pela maioria dos trabalhadores

As duas maiores fabricantes de autopeças da região: Cinpal, em Taboão da Serra, e Meritor, em Osasco, fazem parte das metalúrgicas que vão desacelerar a produção para preservar a saúde dos trabalhadores. A Cinpal concedeu licença remunerada aos trabalhadores de forma gradual, até sexta-feira, 27, quando um pouco mais de 80% deles já estarão em casa. Na Meritor, os trabalhadores estarão de férias coletivas a partir de segunda, 30.

Até o momento, ao menos 30 fábricas da região já paralisaram ou vão paralisar suas atividades total ou parcialmente. Entre elas estão: Nylok, Tecitec, Engrecon, Elubel, Spaal, Zona Sul, IBMS, Montabel, Orgus, Trilho Suisso, Jandinox, Belgo, Jedal, MKS, Metalsa.

A negociações, entre o Sindicato e as empresas seguem para evitar riscos aos direitos, saúde e seguranças dos trabalhadores.   

Na Engrecon/BPN, os trabalhadores conquistaram a antecipação das férias, após greve. A paralisação foi necessária porque os metalúrgicos estavam inseguros e a empresa se recusava a negociar medidas efetivas de proteção.

“Neste período, entendemos que o isolamento social é o principal instrumento de combate a expansão do coronavirus no nosso país, e uma forma de evitarmos um colapso do nosso sistema de saúde. As metalúrgicas, com poucas exceções, têm concordado com a diretoria do Sindicato e feito sua parte para amenizar a toda a população os prejuízos decorrentes deste vírus”, destacou o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

Fábricas estão conscientes

No geral, o Sindicato avalia que as fábricas tem adotados medidas importantes que ajudam a prevenir os trabalhadores, entre elas, manter em isolamento domiciliar trabalhadores com mais de 60 anos e àqueles que têm algum problema crônico de saúde, estas pessoas têm mais chances de contrair a doença mais grave do coronavírus. O Sindicato também tem negociado para que, naquelas empresas onde ainda não ocorrerão a paralisação das atividades, as gestantes também serem deixadas em isolamento.

A redução da jornada e a adoção de home office, nos departamentos possíveis, também foram medidas adotadas para diminuir a circulação dos trabalhadores nas fábricas e nas ruas. Além, claro, da intensificação da limpeza nas fábricas e orientação aos trabalhadores sobre a doença, sintomas e prevenção.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07