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Trabalhadores protestam contra terceirização

Por Cristiane Alves | 06 ago 2013

A sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) foi o local escolhido por trabalhadores de diversas categorias para o protesto na manhã desta segunda-feira, 6, contra o PL (Projeto de Lei) 4330/2004 que trata das terceirizações.

Cerca de 3 mil pessoas participaram da manifestação que chegou a ocupar os dois lados da Avenida Paulista. Eram metalúrgicos, químicos, gráficos, comerciários, telefônicos, professores, que, organizados pelas centrais sindicais, marcaram presença na luta contra o projeto de lei, que representa uma grave ameaça aos direitos do conjunto dos trabalhadores. Os metalúrgicos de Osasco e região também fortaleceram a manifestação.

A luta é pela igualdade de direitos. “A terceirização prejudica os trabalhadores, que não têm convenções coletivas, PLRs (Participação nos Lucros ou Resultados) e benefícios sociais iguais aos de seus companheiros que trabalham nas empresas preponderantes”, explicou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que também é deputado federal (PDT).

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Divergências – Há uma mesa de discussão com empresários e o governo em busca da solução das divergências em relação ao projeto. Mas, o próprio local para realização do protesto foi escolhido para demonstrar o descontentamento com a posição irredutível dos empresários na negociação, já que ainda não houve avanço no diálogo com os empresários, até a última rodada de negociações, ocorrida na segunda-feira, 5.

Há uma previsão de que o PL 4330/2004 seja pautado para votação em 14 de agosto. Por isso, as centrais sindicais pretendem ocupar a Praça dos Três Poderes com um novo protesto para impedir a aprovação da proposta. Se, mesmo assim, os parlamentares aprovarem tal projeto, os presidentes das centrais anunciaram na manifestação que vão dar início a um amplo processo de denúncia dos parlamentares que votarem contra os trabalhadores.

Agosto de luta – O protesto de São Paulo é parte de um conjunto de manifestações também realizadas em outras cidades do país na terça-feira e de um calendário planejado pelas centrais sindicais, que deve culminar com a realização de um greve geral em 30 de agosto, caso não haja negociação entre movimento sindical e governo federal a respeito das reivindicações da pauta trabalhista. “É o único meio para que o governo ouça os trabalhadores”, avaliou o presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres.

O protesto terminou com a encenação da peça “A morte do emprego com carteira assinada e o enterro da CLT”, por um grupo de atores, que retratou para os trabalhadores participantes do protesto e que passavam pela Paulista o que pode acontecer caso o PL 4330 for aprovado: precarização.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11