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Protesto de senadoras suspende votação da reforma trabalhista

Por Cristiane Alves | 11 jul 2017

A votação da reforma trabalhista está suspensa há três horas por conta do protesto de senadoras de oposição que ocupam a mesa diretora do Senado. Às 11h, Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Regina Sousa (PT-PI)  abriram a sessão e se recusaram a sair, quando o presidente da Casa Eunício Oliveira chegou. Elas mantêm a ocupação até o momento e receberam o apoio das senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Kátia Abreu (PMDB-TO) e também de deputados e deputadas.

Diante da resistência, Eunício reagiu com deselegância, mandando desligar as luzes do plenário. As senadoras não arredaram pé e chegaram a almoçar marmitex sentadas na mesa do presidente. 

As senadoras reivindicam que seja alterada o item da reforma trabalhista que permite o trabalho de grávidas e lactantes em locais insalubres. Tal alteração faria com que o projeto retornasse a Câmara para nova avaliação. Tudo que o governo Temer não quer, a votação da reforma trabalhista é vista como termômetro para medir o nível de adesão dos parlamentares ao governo. Na noite de segunda-feira, 10, o PSDB, por exemplo, fez uma reunião de cúpula em que adiou a decisão sobre a saída do governo para aguardar esta votação.

O impasse permanece. Do lado de fora, representantes das centrais sindicais buscam entrar no plenário para acompanhar a votação, mas a polícia do Senado não permite. Existe a possibilidade também de Eunício Oliveira mudar a votação para outro local.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18