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Metalúrgicos na Dormakaba têm conquista de redução da jornada para 40h

Por Auris Sousa | 31 jul 2019

O Sindicato negociou e após anos de reivindicação dos companheiros da Dormakaba, a empresa vai reduzir a jornada de 44 para 40 horas, sem redução de salário. O acordo foi aprovado pelos trabalhadores em assembleia na sexta-feira, 26.

Persistentes na luta e na negociação, trabalhadores da Dormakaba conquistam jornada de 40 horas

“Esta é sem dúvida uma grande conquista, pois trata-se de mais qualidade mais tempo para o lazer, para o descanso, para o estudo ou outra atividade que os trabalhadores queiram realizar. Por isso, a luta pela redução da Jornada é permanente”, destacou o diretor Alex da Força.

O companheiro Marcos Matos reconhece a mudança como uma melhoria na qualidade de vida. Já Eliomario comemora a não redução do salário e o tempo maior que terá com a família. Para Janaina Soares é uma vitória, tempo maior com a família e para se dedicar aos estudos. Já Rodrigo Bueno, comemora a possibilidade de fugir do trânsito e ganhar mais tempo para se dedicar a outras coisas.

Crescimento – A redução da jornada não tem como benefício apenas o descanso dos trabalhadores, e o tempo mais livres para outras atividades, mas também o aumento da produtividade e da geração de empregos. Por isso que o técnico do Dieese, Thomaz Jensen, considera urgente e necessário a implantação da redução de jornada para um efetivo desenvolvimento econômico e social.

“Combinando o reduzido peso dos salários nos custos de produção das empresas com os vultosos ganhos de produtividade, concluímos que a redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais possibilitará a criação imediata de 2,5 milhões de novos postos de trabalho no Brasil, e um aumento de apenas 1,99% nos custos de produção das empresas, diferencial irrisório diante dos ganhos de produtividade da economia na última década”, enfatiza Jensen.

Para ele, todos estes fatores desencadeados pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, provocará a geração de um círculo virtuoso na economia. “Combinando a ampliação do emprego, o aumento do consumo interno, a elevação dos níveis da produtividade do trabalho, a melhoria da competitividade do setor produtivo, a redução dos acidentes e doenças do trabalho, a maior qualificação do trabalhador e a elevação da arrecadação tributária”, destacou Jensen.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18