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EDIÇÃO # 28
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Sindicato orienta trabalhadores com alta do INSS a lutar contra a medida

Por Cristiane Alves | 21 ago 2018

Desespero. Assim resumiu sua situação um companheiro da Osram, momentos após constatar que sua aposentadoria por invalidez havia sido cortada pelo INSS.

O corte aconteceu após a perícia, realizada em 6 de abril deste ano. Porém, o companheiro não recebeu qualquer comunicação do INSS; pelo contrário, o site do órgão informa que o benefício havia sido concedido. O companheiro – que não quer ter o nome divulgado – só veio a saber sua real situação porque procurou o Sindicato, na quinta-feira, 16.

“Levei na perícia a tomografia que mostra a hérnia de disco, que originou a aposentadoria por invalidez, em 2005, e a eletroneuromiografia, que comprova a lesão no nervo ciático da perna esquerda. O perito olhou tudo e disse que em até dez dias eu iria receber uma carta do INSS”, conta o trabalhador que, naquele momento, acreditou estar tudo certo.

Pente fino – Mas a perícia do INSS fechou os olhos para tudo isso: o benefício foi cessado porque “não foi constatada invalidez”, de acordo com o levantamento feito pelo Jurídico do Sindicato.

A conduta não é surpresa, ela faz parte do pente fino que o INSS realiza nos benefícios por invalidez. O órgão propaga que foram cortados 80% dos benefícios analisados, dando a entender que existe uma legião de golpistas sugando os seus recursos. Mas o fato é que trabalhadores estão tendo sua única forma de sustento cortada. “Eles simplesmente viraram as costas”, lamenta o companheiro, com os olhos marejados e muito preocupado em garantir o sustento da esposa e dos dois filhos.

Outro problema é que a área fabril da Osram, que ficava em Osasco, não existe mais. O Sindicato fez contato com a empresa e busca alternativas jurídicas junto ao INSS.

Denuncie – É importante que os trabalhadores que se encontrem em situação semelhante procurem o nosso Jurídico e/ ou a nossa diretoria. “Vamos procurar reunir o maior número de casos para buscar solução perante as autoridades”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

As denúncias podem ser feitas pessoalmente, na sede/ subsedes, ou pelo Whatsapp Sindmetal (11) 9-6078-0209.