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Desestruturação familiar e escola “chata” estão na base dos crimes de adolescentes

Por Cristiane Alves | 30 jun 2016

A causa da criminalidade entre crianças e adolescentes passa longe de uma vontade gratuita de roubar e matar. Ela tem raízes mais profundas, como a desestruturação familiar. Dois em cada três jovens que cometeram delitos vêm de famílias cujo o pai está ausente.

Essa é uma das constatações de pesquisa do Ministério Público do Trabalho, divulgada com exclusividade pelo jornal Folha de S.Paulo, na segunda-feira, 27. O estudo teve como base 1.500 jovens entre 12 e 18 anos, cujas infrações ocorreram em 2014 e 2015.

Outra constatação é que apenas 57% dos adolescentes estudam. Mas, para 38% das crianças e adolescentes pesquisados, a escola não é interessante.

Tudo isso deixa clara a profundidade que precisa ter o debate, por exemplo, sobre redução da maioridade penal em nosso país. Questão que volta a pauta nas audiências públicas convocadas pelo Senado, antes de analisar em plenário o projeto 171/93 aprovado na Câmara, o qual reduz a maioridade para 16 anos em caso de crimes hediondos.

Cristiano Ribeiro Carvalho, educador da Boxe Top Team, que por meio do esporte integra e educa crianças e jovens de Osasco, resume: “a Educação é a solução”. “Respeito é a chave, Educação é o caminho e família é o alicerce”.

Cristiano, que também é voluntário na Fundação Casa Osasco II, explica que também é preciso reformular o conteúdo e as discussões nas escolas. “Não tem como tentar educar melindrando assuntos que eles têm acesso [pela internet, por exemplo]. Se não, vai ser ‘adotado’ por um traficante, por um homofóbico. Nós precisamos sentar frente a frente com eles e esclarecer essas questões”, defendeu em entrevista ao programa Visão Trabalhista Entrevista desta semana.

Assista ao programa na íntegra: 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18