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Bolsonaro, chega de ofensas

Por Auris Sousa | 18 fev 2020

Monica Veloso conclama a sociedade a reagir a estes tipos de ofensas e requerer ao STF a adoção de medidas cabíveis

Nós trabalhadoras metalúrgicas repudiamos mais este violento ataque do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas. Desta vez, mais uma vez, a repórter da Folha de São Paulo Patrícia Campos Mello. O presidente fez insinuações sobre o trabalho da jornalista na manhã desta terça-feira, 18. “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, disse Bolsonaro aos risos na saída do Palácio da Alvorada.

O que Bolsonaro fez é muito mais que desqualificar a atuação de Patrícia como jornalista. Trata-se de uma das piores formas de violência: a institucional, que é cometida justamente por quem deveria garantir a proteção dos cidadãos. Postura que é totalmente incompatível com o cargo que ele exerce.

É inadmissível que um presidente da república insulte com insinuação sexual uma mulher, uma trabalhadora. É inadmissível que o representante maior da nação adote práticas de assédio moral como forma de evitar prestar informações de interesses público à sociedade.  

O ataque de Jair Bolsonaro aos jornalistas só destaca e reforça o desprezo que ele tem pelo Estado democrático de direito. Suas insinuações só reforçam o desrespeito que tem pelas mulheres, maioria da população brasileira.

Eu, mulher, trabalhadora, dirigente sindical como presidente do Comitê Mundial de Mulheres da IndustriAll, que, em sua última Conferência, repudiou todas as formas de violência contra a mulher, conclamo não só as mulheres, mas toda a sociedade brasileira, a reagir a estes tipos de ofensas e requerer ao STF (Supremo Tribunal Federal) a adoção de medidas cabíveis.

Mônica Veloso,

Presidente do Comitê de Mulheres da IndustriAll,

Vice-presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e

do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18