A maioria das mulheres (76%) já sofreu algum tipo de violência durante seus deslocamentos em São Paulo, principalmente no transporte público. É o que mostra pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber.
Dentre as violências:
• 43% disseram que receberam olhares insistentes, cantadas
• 35% sofreram um assalto, furto ou sequestro relâmpago
• 30% sofreram importunação, assédio sexual
• 15% sofreram preconceito ou discriminação por alguma característica sua, exceto raça
• 12% sofreram racismo
• 9% sofrearam uma agressão física
• 4% sofreram um estupro O percentual é um pouco maior do que a média nacional, de 71%.
A maioria das violências ocorreu quando as mulheres estavam no transporte público ou caminhando pelas ruas.
Enquanto 26% das brasileiras consideram as ruas de sua cidade nada seguras, o percentual de mulheres que fazem essa avaliação negativa sobe para 48% em São Paulo.
A pesquisa “Vivências e demandas das mulheres por segurança no deslocamento” foi realizada de 21 de junho a 11 de julho de 2024, e contou com a participação de 4.001 mulheres com 18 anos de idade ou mais, que saem de casa ao menos uma vez por semana. Com margem de erro de 1,5 ponto percentual, a pesquisa foi ponderada a partir da distribuição da população brasileira por faixa etária, classe, escolaridade e área, conforme parâmetros da PNAD 2023.
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