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Trabalhadores tomam as ruas de SP por Pauta Trabalhista

Por Cristiane Alves | 09 abr 2014

As ruas de São Paulo ficaram tingidas com as cores das bandeiras da classe trabalhadora brasileira, que, na manhã desta quarta-feira, 9, partiram em passeata da Praça da Sé até o vão livre do Masp, na Av. Paulista, para reivindicar a Pauta Trabalhista, na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora organizada pelas centrais sindicais.

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Os trabalhadores cobram a atenção as reivindicações que estão nas mãos dos parlamentares e do governo federal há quatro anos. Por isso, o tom dos discursos e palavras de ordem foi de cobrança. “A Marcha tem objetivo de levantar nossas bandeiras, que há muito tempo estão esquecidas por nossos governantes”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

As centrais cobraram a imediata negociação dos itens da pauta. Caso contrário, haverá protestos ainda maiores e em outros lugares do país. “Não termina hoje. Vai se espalhar pelo Brasil para mostrar que a Saúde, a Educação, a mobilidade urbana têm de melhorar”, defendeu Miguel.

A Pauta inclui: manutenção da política de valorização do salário mínimo, correção da tabela do Imposto de Renda, combate ao projeto que regulamenta as terceirizações, fim do fator previdenciário, entre outros itens.

Salário mínimo – Conquistada por meio da luta, nas edições anteriores da Marcha, a política de valorização do salário mínimo está em risco. “O governo tem de vir a público e dizer que vai continuar a política e mandar projeto para a Câmara. Quero ver, em ano eleitoral, qual é o deputado que vai ser louco de tirar a política do salário mínimo do trabalhador brasileiro”, lembrou o presidente da CUT, Vagner Gomes.

Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, esse é o momento de conquistar as 40 horas. “Não podemos perder a oportunidade de ter a redução da jornada e o fim do fator previdenciário”, orientou. 

Trabalhadores se unem para cobrar avanços em direitos

Cerca de 50 mil trabalhadores fizeram da 8ª Marcha Trabalhista uma das maiores manifestações das centrais sindicais em São Paulo nos últimos anos. Metalúrgicos, gráficos, bancários, costureiras, servidores públicos, comerciários foram algumas das categorias que somaram suas forças para cobrar o respeito e a negociação de sua pauta de reivindicações.

Os metalúrgicos de Osasco e região reforçaram o protesto porque acreditam que a luta é o caminho. “É muito bom porque incentiva a gente a participar e passar para nossos filhos e para a juventude”, avaliou um companheiro da Miralux, que, pela primeira vez, participou da Marcha.

Primeira vez também de um companheiro da Rayton, que ficou admirado com a mobilização. “Muita gente unido. Acho importante os trabalhadores se unirem por mais direitos”, opinou.

Para um metalúrgico da Meritor a marcha é “importante para fortalecer a luta. Precisamos lutar para podemos vencer. Sem luta não tem vitória”.

No meio da multidão havia também veteranos da Marcha, como a costureira aposentada Maria de Souza, que pela oitava vez levou sua força ao protesto. “Acho importante lutar por Saúde, nossas aposentadorias”, explicou.

Tamanha disposição resultou no protesto marcado pela força e organização. “Mostra a força e unidade das centrais”, avaliou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

 

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18