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Trabalhadores tomam as ruas de Osasco em Dia Nacional de Lutas

Por Auris Sousa | 29 maio 2015

Quem passou pelas principais ruas de Osasco na manhã desta sexta-feira, 29, ouviu o som da mobilização de mais de mil trabalhadores de diversas categorias que mostraram que não são a favor da terceirização na atividade fim e das mudanças validadas pelo Congresso. A ação faz parte do Dia Nacional de Lutas, que acontece em todo o país.

Com bandeiras, faixas e cartazes, metalúrgicos, frentistas, comerciários, bancários, químicos, jovens e aposentados protestaram contra a terceirização na atividade fim, e contra o ajuste fiscal, que precariza conquistas trabalhistas e sociais. “Este ato é contra as medidas que estão trazendo prejuízos a população e contra a terceirização na atividade fim, que também traz grandes prejuízos aos trabalhadores. Queremos a regulamentação para os terceirizados, mas sem prejuízo aos demais trabalhadores”, reforçou o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

O ato também mostrou o descontentamento dos trabalhadores com a aprovação das MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665, que dificultam o acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários. “Somos contra o projeto que amplia a terceirização e precariza as relações trabalhistas, em tramitação no Senado, e contra a aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665, que visam apenas dificultar o acesso dos trabalhadores a benefícios previdenciários, como abono salarial e seguro-desemprego”, afirmou o presidente do Sindicato do Secor (Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região”, José Pereira Neto.

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Um metalúrgico da Wap Metal, de 18 anos, fez questão de participar do ato. “É complicado ver os nossos direitos serem tomados assim, por isso quis participar, para defender meus direitos”, explicou.

Alex Miguel Alves, militante do PDT de Osasco, disse que o partido está junto com os trabalhadores nesta luta. “Estamos junto da classe trabalhadora. Todos devem se mobilizar, caso contrário nada mudará neste país e os trabalhadores podem contar com nós do PDT”, enfatizou Alves.

O deputado Marcos Martins também participou do ato. “Hoje é Dia Nacional de Lutas e de combate a uma porção de coisas. A terceirização é uma das piores coisas que podem acontecer ao trabalhador”, ressaltou.

Reforma Política e Moradia – A reforma política também entrou na pauta de reivindicações dos trabalhadores. “Estamos decepcionados, esperamos que essa mobilização seja repercutida, porque os deputados estão mostrando que estão contra nós [trabalhadores]. Espero que o povo tenha consciência e faça a diferença na próxima eleição e eleja aqueles que realmente são nossos representantes”, torce uma companheira da Ficosa.

A manifestação saiu do Rochdale, passou pela Maria Cândia, Autonomista e percorreu a Dona Primitiva Vianco até o Largo de Osasco, momento em que o ato ganhou o reforço dos membros da MSTS (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que pede que o governo comece a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida.

Quem vai pagar pela redução fiscal, não são os bancos, mas sim os trabalhadores. A gente é contra a essa redução. Temos uma coisa para falar para o [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy: Se ele quer fazer redução, que ele vá taxar os grandes proprietários de terras, os grandes proprietários do país e não os dos trabalhadores”, reforçou Agnes Caroline, coordenadora do MSTS de Carapicuíba.

Contra o Fator – Os membros da Uapo (União de Aposentados e Pensionistas de Osasco) também reforçaram o ato. “Estamos junto. Apoiamos os trabalhadores contra a terceirização e pedimos para que Dilma não vete a fórmula 85/95 [alternativa ao fator previdenciário, que achata até 40% as aposentadorias]”, explicou o diretor da Uapo Moacir Alves, que gritou: “fim do fator”!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18