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Taxa de desemprego cresce no Brasil

Por Auris Sousa | 01 jul 2020

A taxa de desemprego no Brasil cresceu e atingiu 12,9% no trimestre encerrado em maio, atingindo 12,7 milhões de pessoas, com um fechamento de 7,8 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Os dados são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal) divulgada na terça-feira, 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A Pesquisa também mostra que pela primeira vez, o total de ocupados entre a população em idade de trabalhar ficou abaixo de 50%. Ou seja, menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. 

Segundo o IBGE em maio havia 173,610 milhões em idade de trabalhar, enquanto os ocupados somavam 85,936 milhões (49,5%, queda de cinco pontos percentuais). O total de ocupados caiu 8,3% apenas em um trimestre: menos 7,774 milhões de pessoas. Em relação a maio do ano passado, a queda foi de 7,5% (menos 7,011 milhões). Nos dois casos, as quedas foram recordes.

A chamada população subtilizada chegou a 30,4 milhões, recorde da série história. São 3,6 milhões a mais no trimestre (13,4%) e 1,8 milhão em 12 meses (6,5%). Essas são as pessoas que gostariam de trabalhar mais, mas não conseguiram. A taxa de subutilização, também recorde, atingiu 27,5%.

Outro recorde foi da população desalentada. Com aumento trimestral de 15,3% e anual de 10,3%, chegou a 5,4 milhões. Em relação à força de trabalho, representam 5,2%.

MAIS QUEDA

O número de trabalhadores com carteira de trabalho se reduziu para 31,103 milhões, menor número da série. Queda de 7,5% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (menos 2,5 milhões) e de 6,4% em um ano (menos 2,1 milhões). Já os empregados sem carteira também caíram, mostrando a fraqueza da economia, e agora são 9,218 milhões. Queda de 20,8% e 19,9%, respectivamente, aponta o instituto.

Também diminuiu o número de trabalhadores por conta própria. Eles agora são 22,415 milhões, retração de 8,4% no trimestre (-2,062 milhões) e de 6,7% em um ano (1,618 milhão). Entre os trabalhadores domésticos, a diminuição foi ainda mais severa, de 18,7% e 18,6%. Com perda acima de 1 milhão de empregos, eles agora somam 5,074 milhões.

Com esses resultados, a taxa de informalidade caiu para 37,6%, com 32,3 milhões de pessoas, o menor número da série. Há um ano, a taxa era de 40,6%.

Resumo dos principais dados da Pesquisa

• País perdeu 7,8 milhões de postos de trabalho em 3 meses

• Dos 7,8 milhões de ocupados a menos, 5,8 milhões eram informais

• Queda de 2,5 milhões de empregados com carteira assinada

• Queda de 2,4 milhões de trabalhadores sem carteira assinada

• Queda de 2,1 milhões de trabalhadores por conta própria

• Ocupação no mercado de trabalho atingiu o menor nível histórico

• Pela 1ª vez, menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada

• A taxa de informalidade (37,6%) é a menor da série histórica

• Desalento (quem desistiu de procurar trabalho) bateu novo recorde, reunindo 5,4 milhões

• População subutilizada atingiu o recorde de 30,4 milhões de pessoas

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #19