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Severinas: mulheres do sertão dão sinais de emancipação

Por Rede Brasil Atual | 26 set 2014

“Minha filha já alcançou coisas que eu não alcancei e meus filhos não passam fome… Eu digo pra eles: olha, vocês têm de estudar porque tem a oportunidade que eu não tive. A única herança que eu tenho é botar eles na escola”, diz dona Norma Alves Duarte. “Estou terminando meus estudos e pretendo continuar… Quero fazer curso de enfermagem, fazer faculdade e dar uma vida melhor para minha mãe, porque eu não quero seguir a carreira que ela teve. Quero ter um futuro para lá na frente eu me orgulhar”, completa a jovem Mirele Aline Alves da Rocha.

Esses depoimentos estão no curta-metragem Severinas, de autoria de Eliza Capai. No vídeo com duração de dez minutos, gravado entre julho e agosto de 2013, em Guaribas, sertão do Piauí, outras mulheres participantes do programa dão sinais de emancipação, deixando para trás a submissão e a extrema pobreza.

Para fazer o curta, a autora encontrou inspiração no livro “Vozes do Bolsa Família – Autonomia, Dinheiro e Cidadania” (Editora Unesp), escrito por Walquiria Leão Rego, professora de Teoria Social do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e o italiano Alessandro Pinzani, professor de Ética e Filosofia Política na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Desde que o Bolsa Família foi criado, 1,7 milhão de famílias se desligaram do benefício por terem superado a pobreza e conquistado renda maior e autossuficiência. Além disso, outras 1,1 milhão de famílias não atualizaram seus cadastros. Isso acontece com muita gente que melhora de renda e deixa o programa dessa forma, embora o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) não contabilize esse segundo número como saída voluntária.

Assista ao curta-metragem “Severinas”:

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18