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Salário das mulheres cresce, mas ainda é menor que o dos homens

Por Auris Sousa | 09 mar 2015

A diferença entre os salários de homens e mulheres em São Paulo diminuiu em 2014. Apesar disso, elas ainda recebem 81,4% do salário deles. Em 2013, o percentual era de 77,1%. É o que mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), divulgada na quinta-feira, 5.

Segundo o estudo, em 2014, as mulheres receberam, em média, R$ 9,80 por hora de trabalho, aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Já o rendimento por hora dos homens foi de R$ 12,04, leve queda de 0,2%, ficando praticamente estável.

O aumento do rendimento médio por hora das mulheres, entre 2013 e 2014,

aconteceu em todos setores analisados: 3,3% na Indústria; 3,1% no Comércio; e 1,6% nos Serviços. O maior rendimento pago, em 2014, foi registrado nos Serviços (R$ 10,31), seguido pela Indústria (R$ 9,10) e o Comércio (R$ 7,28).

Taxa de desemprego – O nível de desemprego entre as mulheres aumentou na região metropolitana de São Paulo, passando de 11,7% para 12,2% entre 2013 e 2014, segundo o Dieese.

A participação das mulheres no mercado de trabalho permaneceu estável, com 55,1%, o percentual de 2013. A dos homens teve leve queda, passou de 70,6% para 70,5%, em 2013 e 2014, consecutivamente. 

Desigualdade de gênero também na escola

A desigualdade de gênero também reflete no dia-a-dia escolar e até na escolha da profissão. Segundo um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), no Brasil, os meninos superam as meninas na resolução de problemas de matemática e de ciências. Nos testes, eles acertam de 20 à 30 a mais que elas. De acordo com a OCDE, isso equivaleria ao resultado de quase oito meses a mais de escola para os meninos.

O levantamento mostra que “muitas meninas optam por não seguir carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática porque elas não têm confiança na sua capacidade para se destacar nessas áreas, apesar de terem as habilidades para fazê-lo”.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18