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Quase 8 milhões de brasileiros dizem sim a constituinte

Por Auris Sousa | 25 set 2014

Quase 8 milhões de brasileiros votaram no Plebiscito Popular por uma Constituinte  Exclusiva e Soberana do Sistema Político do Brasil, destes 97,5% aprovam a Reforma Política. O resultado foi divulgado na quarta-feira, 24, no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.

O Plebiscito foi realizado entre os dias 1° e 7 deste mês, urnas para coleta de votos foram distribuídas por todo o Brasil, inclusive no nosso Sindicato. Dos 7.754.436 de votos, apenas 2,57% dos votantes disseram “não” a reforma. Brancos (0,2%) e nulos (0,17%) não chegaram a 0,5%. 

Embora o objetivo inicial fosse atingir pelo menos 10 milhões de votos, marca do plebiscito contra a Alca em 2002, os organizadores consideraram que a consulta pela Constituinte foi vitorioso e superou as expectativas. Um dos coordenadores nacionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Paulo Rodrigues, ressaltou o caráter “pedagógico” da consulta. “Além disso, teve grande importância do ponto de vista organizativo.”

Segundo ele, o resultado deve ser comemorado por três motivos: ficou demonstrado, pela participação, que a sociedade quer mudanças no sistema político; a realização, de acordo com o dirigente, bem-sucedida do movimento, foi decorrente das mobilizações de rua iniciadas em junho de 2013; e foi um incentivo para a continuidade das mobilizações pela constituinte exclusiva.

Apesar de a convocação de um plebiscito ser atribuição do Congresso Nacional, cuja composição pode ficar ainda mais conservadora com a eleição de 2014, os organizadores acreditam que ele aconteça. “Nossa disputa será junto com a sociedade. Com as forças organizadas e mobilização vamos criar um clima e um debate por um novo processo constituinte e não deixar a questão só com o Congresso”, explicou Rodrigues.

O próximo passo dos movimentos reunidos em torno do plebiscito popular agora é levar os resultados para os principais representantes dos três poderes, nos próximos dias 14 e 15: a presidenta Dilma Rousseff; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; e o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.

Bandeiras – O fim da participação de empresas privadas como financiadoras de candidatos e partidos é uma das principais bandeiras do movimento social. [Com informações da Rede Brasil]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11