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Posição da Força Sindical nacional não reflete posição dos Sindicatos filiados

Por Cristiane Alves | 25 maio 2016

Veja a nota da Força Sindical Paraná que reafirma a posição contrária dos seus sindicatos filiados às medidas de Temer, diferente do que foi afirmado em nota pela Força Sindical Nacional. O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região apoia a nota da Força Sindical Paraná e manifesta a sua contrariedade às propostas do interino Michel Temer e reafirma o compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores e contra retrocessos.

NOTA OFICIAL DA FORÇA SINDICAL DO PARANÁ

Alertamos que a posição da Força Sindical nacional emitida em nota oficial para repercutir as medidas econômicas anunciadas pelo presidente em exercício Michel Temer, nesta terça-feira (24/05), não reflete a posição dos seus Sindicatos filiados. Em nenhum momento, as entidades filiadas foram consultadas sobre sua visão do pacote anunciado.

Causa-nos estranheza que a nota elogia as medidas sem levar em conta os riscos maléficos que tais propostas podem causar nas áreas da saúde e educação ao desobrigar o Estado a cumprir o investimento mínimo como determina a Constituição Federal. Ao propor tal medida, o governo sinaliza que vai querer botar ordem na casa às custas, mais uma vez, dos trabalhadores e da população menos favorecida, contradizendo, dessa forma, a promessa que ele mesmo fez de que não mexeria em direitos trabalhistas e sociais.

Nossa Central sempre se pautou pela defesa dos direitos dos trabalhadores e da sociedade brasileira. Dessa forma, não é possível aplaudirmos cortes na educação e na saúde como sendo a saída para o Brasil sair da crise. O trabalhador já está tendo que pagar uma conta alta, ficando entre a cruz e a espada ao ser obrigado a escolher entre  sacrificar direitos ou manter empregos.

Assim, nós, da Força Paraná, reiteramos que não endossamos a nota emitida como sendo a posição da Central. A nota reflete apenas a opinião pessoal do presidente Paulinho da Força, e a de seu partido político, o Solidariedade, que faz parte da base política do novo governo.

Nossa posição é bem clara: Entendemos que ajustes para arrumar a economia são necessários. Mas deixamos claro que não vamos aceitar que a solução da crise seja feita às custas dos trabalhadores. Se o governo tem que cortar, que comece pela parte de cima da tabela, cortando a promiscuidade dos juros que alimentam os lucros dos bancos através da dívida pública; acabando com os milhares de privilégios  que sustentam comissionados e a elite política e econômica do País com dinheiro público; aumentando a taxa sobre a remessa de lucros das empresas que recebem incentivos fiscais; fortalecendo o combate à corrupção; entre outras medidas desse porte.

Se for para arrumar a casa, que Temer comece primeiro cortando os privilégios da elite dominante. Tem nosso total apoio nesse sentido.

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18