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Para Dieese, é necessário revisar o salário mínimo

Por Auris Sousa | 17 jan 2018

O reajuste de 1,81% do salário mínimo ficou abaixo da inflação. Por isto em nota técnica, divulgada em 12 de janeiro, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) destacou a necessidade de uma revisão do reajuste anunciado “de modo a devolver ao salário mínimo o poder de compra do início do ano passado”.

“Com a quantia de R$ 954,00 determinada para janeiro de 2018, impõe-se ao salário mínimo perda acumulada de 0,34% nos últimos dois anos, o que o faz retornar praticamente ao mesmo valor real de janeiro de 2015”, argumenta o órgão em nota.

Na nota o Dieese também destaca também que a “valorização do salário mínimo conquistada até aqui trouxe resultados muito positivos para a sociedade brasileira” e defende a medida como um meio “para reduzir a desigualdade de renda no País”.

Sobre o aumento – Até 2019, a variação do salário mínimo levará em conta a oscilação do INPC no ano anterior e o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas produzidos no País — de dois anos antes, conforme determina a Lei 13.152. Como a economia brasileira encolheu em 2016, o reajuste deste ano do mínimo teve como base apenas a inflação.

“Ocorre que, desde meados de 2014, o PIB brasileiro recua. O país empobreceu 7,0% e o salário mínimo, já em janeiro de 2017, não obteve ganho real ou mesmo teve o poder de compra recomposto. A consequência imediata é a quebra de um ciclo virtuoso da economia e a interrupção do processo de desconcentração da renda no país”, destaca a nota.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18