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Mulheres em plena ascensão profissional

Por Auris Sousa | 26 mar 2014

As mulheres totalizaram 24% dos cargos de poderes em 2013, segundo pesquisa da Grand Thornton Business Report 2013. O percentual parece baixo, mas significa um avanço em comparação a 2004, quando elas ocupavam 19% dos espaços de liderança.

Juliana lidera equipe de quase 70 trabalhadores na Epson

Na base do Sindicato não é diferente, no último ano, elas também ganharam mais força, prova disso é a companheira Juliana de Oliveira Malaquias, que trabalha na Epson, em Tamboré, há dez anos.

Em maio do ano passado, Juliana deixou o seu cargo de montadora 2 para se tornar líder de produção. A evolução exigiu mais reponsabilidades e novos desafios. “Para aprender a fazer um novo produto precisei viajar para as Filipinas. Foi um grande desafio porque não falava inglês”, lembra.

A metalúrgica ficou um mês em terra estrangeira. Quando retornou, foi encarregada de passar as instruções sobre o novo produto para os demais trabalhadores e trabalhadoras. No início, Juliana liderava um pouco mais de 20 pessoas. Hoje o número chega a quase 70. “É corrido, mas é gratificante. Quero evoluir cada vez mais e pretendo fazer um curso de inglês”, planeja.

Ganhando espaço nas metalúrgicas – Apesar de o setor metalúrgico ser predominantemente masculino, as mulheres são maioria em algumas fábricas, como Epson, H-Buster e Iscon. Isso porque, em alguns setores, a mão-de-obra feminina é bem mais aproveitada do que a dos homens. É o caso do segmento de eletroeletrônico. “Para o produto que fabricamos, elas têm mais habilidades técnicas, são mais aplicadas e ágeis”, resumiu o gerente de Recursos Humanos da Epson, Antonio Ferreira.

Pensando nelas – Por sua crescente participação no setor metalúrgico, as mulheres recebem a cada ano mais atenção nas negociações coletivas da categoria. O diretor Alex da Força reforça que algumas cláusulas da convenção coletiva asseguram direitos específicos para mulheres. Tais como: a garantia de emprego à gestante; a ampliação da licença maternidade para 180 dias em alguns grupos; e a cláusula que assegura afastamento às trabalhadoras vítimas de violência doméstica.

Sem fronteiras para liderar – E não é apenas nas empresas privadas que elas fazem bonito, não. No ano passado, a diretoria do Sindicato ganhou o reforço de mais mulheres. Claudia Releguim, Eliana Ferreira (licenciada), Etelvina Guimarães, Gleides Sodré e Mônica Veloso (licenciada) são as mulheres que compõem a liderança da nossa entidade e contribuem com o fortalecimento da nossa categoria.

Além disso, elas também assumiram grandes espaços nas politicas públicas. Mônica é a atual secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco, a primeira sindicalista a assumir o comando do órgão. Já Eliana faz parte da Secretaria da Mulher de Barueri.

Clique aqui e leia também entrevista sobre a presença da mulher em cargos de liderança.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11