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Metalúrgicos do setor de autopeças conquistam reposição da inflação e renovação da Convenção

Por Auris Sousa | 29 out 2021

Em assembleia-geral, os metalúrgicos de Osasco e região aprovaram nesta sexta-feira, 29, a proposta negociada com o grupo 3 (autopeças), que contempla a reposição da inflação, 26% de abono salarial, a correção do piso salarial e a renovação dos direitos da Convenção Coletiva. A assembleia também aprovou a proposta como parâmetro para a negociação com os demais grupos.

Companheiros e companheiras aprovam proposta do Grupo 3

A inflação segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para o período da data-base da categoria, 1º de novembro, será conhecido nos próximos dias. Assim que isso acontecer, o Sindicato vai divulgar os percentuais com mais detalhes.

Entre outros pontos, proposta prevê: reposição da inflação, 26% de abono salarial e renovação da Convenção Coletiva

O presidente do Sindicato, Gilberto Almazan destaca que a proposta é bastante favorável. “Ainda num período de crise econômica, de alta na inflação, conquistamos uma proposta que garante a reposição da inflação, abono e reajuste do piso”, disse ele, que enfatizou a importância de manutenção da convenção coletiva: “Num momento extremamente difícil, com desemprego e ataques constantes aos direitos da classe trabalhadora, garantir as cláusulas da convenção coletiva é, sem dúvidas, a nossa maior conquista”.

Presidente do Sindicato, Gilberto Almazan explica proposta do Grupo 3

Um companheiro da Meritor concorda. “Neste momento, a Convenção Coletiva acaba sendo mais importante que o próprio reajuste”, avalia. Sobre o reajuste salarial, um trabalhador da Cinpal, disse: “Diante das dificuldades, está de bom tamanho, pelo menos a inflação”. 

ABONO

Para os trabalhadores de empresas que pagarem o reajuste a partir de janeiro, haverá 26% de abono, ser pago em duas parcelas: 13% até 30 de novembro e 13% até 20 de dezembro. Já naquelas empresas em que o reajuste for aplicado a partir de 1º de novembro, não haverá abono.

A proposta aprovada pelos companheiros também estabelece uma contribuição assistencial dos trabalhadores beneficiados pela Convenção Coletiva a ser utilizada na luta do Sindicato, na manutenção dos serviços e negociação coletiva em favor da categoria. As empresas devem descontar 6%, em três vezes de 2%, nas folhas de novembro, dezembro e março de cada trabalhador, sócio e não sócio do Sindicato.

Trabalhadores atenderam ao chamado do Sindicato e comparecem a sede para asssembleia geral

Mobilização continua

As negociações prosseguem com os demais setores. O acordo já fechado servirá como parâmetro mínimo para aprovação com os demais grupos patronais, conforme aprovação da assembleia. Para isso, a diretoria do Sindicato vai reforçar a mobilização nas portas daquelas fábricas filiadas aos demais grupos patronais, que ainda não apresentaram proposta.  

João Batista: “a mobilização nas fábricas pertencentes aos outros grupos vai continuar”

“Conforme decisão da assembleia, vamos seguir este parâmetro. Mas isso não quer dizer que a proposta já está garantida. Então, a mobilização nas demais fábricas devem continuar forte para pressionar os patrões a negociar”, explica o secretário-geral do Sindicato, João Batista.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18