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Campanha Salarial 2016
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Metalúrgicos deixam claro a patrões: Nenhum Direito a Menos

Por Cristiane Alves | 21 set 2016

De forma unificada e com a força que o momento econômico e político do país exige, os metalúrgicos do Estado de São Paulo entregaram, na terça-feira, 20, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016 aos grupos patronais, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado e São Paulo). 

A pauta deixa claro que queremos aumento salarial e que a luta também visa proteger nossos direitos. Por isso, “Nenhum Direito a Menos” é o lema da nossa campanha.

O presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, reforça: combater o desemprego é importante, mas sem trabalho precário, disse. “O medo de perder emprego não pode ser maior que perder seus direitos”.

Diretoria presente no protesto que marcou a entrega da pauta na Fiesp, por aumento real

Diretoria presente no protesto que marcou a entrega da pauta na Fiesp, por aumento real

E Claudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo deixou claro que não vamos aceitar recusa de reajuste: “A Fiesp fez campanha contra impostos dizendo que não iam pagar o pato. Agora, nós também não vamos pagar o pato com o nosso reajuste”. 

A pauta foi entregue aos representantes de todos os grupos patronais (sindicatos que representam os patrões). Pela manhã, para os grupos 19-3 (trefilação e laminação de metais), Estamparia, Fundição. À tarde para o grupo 3 (autopeças). Na véspera, a pauta também foi entregue ao grupo 2 (máquinas e equipamentos)

Pauta – A pauta foi aprovada em assembleias da categoria. Na nossa região, a assembleia aconteceu no sábado, 17. E a categoria demonstrou firmeza na decisão: no direito do trabalhador não se mexe. Isso porque a diretoria explicou as ameaças que o governo Temer prepara, com a idade mínima para a aposentadoria e o aumento da jornada diária de trabalho para até 12 horas, entre outros exemplos.

Mudanças que causam indignação nos trabalhadores. “A [mudança] na aposentadoria é a pior porque vai atingir uma sociedade inteira”, resumiu um companheiro da Eltra.

Sobre a luta por aumento salarial no contexto atual, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) analisou: “O empresário já fez seus ajustes na folha de pagamento, com rotatividade e demissões”, lembrou o técnico do Dieese Rodolfo Viana.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18