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Metalúrgicos atrasam entrada em fábricas, contra a reforma da Previdência

Por Cristiane Alves | 19 fev 2018

A segunda-feira, 19, começou com muita luta na região, com manifestações em portas de fábrica, panfletagens em estações e atos nas portas de postos do INSS. Tudo isso em protesto unificado contra a Reforma da Previdência, organizado pelos sindicatos de Osasco e região, incluindo os metalúrgicos.

Em empresas como Meritor, Dinatécnica, New Oldany, Prodec, entre outras, o expediente começou mais tarde porque os metalúrgicos aderiram ao protesto organizado pelo nosso Sindicato. Entre eles, a preocupação era generalizada. “Acho terrível. Você não vai se aposentar e, se conseguir, o que vai ganhar só vai dar para comprar remédio”, avaliou um companheiro da Meritor.

O Sindicato alertou que essa situação só tem chances de ser revertida se houver empenho e pressão de todos. O governo corre atrás dos votos para colocar o projeto em votação e a intervenção no Rio de Janeiro pode ser uma tática para acelerar o processo, já que Temer promete suspender o decreto só para colocar a reforma da Previdência em votação. “Não vai ter espaço de discussão, para emendas, vai querer aprovar do jeito que está, outro golpe contra os trabalhadores”, alertou Mônica Veloso, vice-presidente do nosso Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

Por isso, não há outro caminho que não a luta. “Precisamos estar atentos: se for colocado em votação, precisamos ter resposta rápida. Colocou para votar, é greve”, defendeu o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

Diálogo Além das manifestações nas portas de fábrica, o Sindicato também reforçou as panfletagens em estações da CPTM espalhadas pela região, em conjunto com sindicatos de outras categorias. Com isso, foi possível dialogar com os trabalhadores e a avaliação também é de que Temer não convence ninguém com suas mentiras. “Fico revoltada. Acho que o Brasil tem mais problemas. Mexer na Previdência não vai resolver a crise. Tinha de mexer com os impostos; mas, pelo contrário, eles estão procurando tirar do nosso bolso”, desabafou Carmen Leite, desempregada.

Também houve protestos nas portas dos postos dos INSS de Barueri, Carapicuíba e Itapevi. À tarde, os sindicatos e trabalhadores da região participam do ato na Avenida Paulista, marcado para as 16h, no vão livre do Masp.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #24