Os homens são a grande maioria das vítimas dos acidentes graves e fatais ocorridos nas metalúrgicas de Osasco e região. Eles somam 92,6% do número de acidentados entre maio de 2010 e maio de 2016. Os que estão na faixa etária entre 16 e 35 anos representam 54,3%. Os números fazem parte de estudo divulgado na quarta-feira, 12, pelo Sindicato no segundo encontro do 38º Ciclo de Debates, que aconteceu na Subsede de Barueri.

Para a conclusão do estudo, foram analisados 94 acidentes graves ou fatais ocorridos no mesmo período. A maioria deles aconteceu em 65 metalúrgicas diferentes, com predominância no setor de autopeças, com 32,9% dos companheiros atuantes neste segmento.

De acordo com o diretor Carlos Aparício Clemente, os acidentes estão ligados diretamente à falta de prevenção em máquinas e equipamentos. “No estudo, foi analisado que a fiscalização apontou adequação de equipamento ou alterações de procedimento como as principais medidas corretivas para se evitar futuros acidentes”, explicou.

Observação que preocupa ainda mais a diretoria do Sindicato, em relação aos acidentes, isto porque, no período analisado, a fiscalização levou em média 151 dias para a conclusão do relatório. E pior: “o resultado para chegar ao sindicato demora em média 1 ano e 3 meses após o acidente”, isso após diversas cobranças aos dirigentes estaduais e até Ministro do Trabalho.

A análise dos acidentes o quanto antes é uma das formas para se prevenir e combater a outros futuros acidentes. Além disso, por meio da CAT (Comunicação Interna de Acidentes) e da fiscalização, os companheiros acidentados têm mais chances de ter seus direitos respeitados. Por isso, se você souber de algum acidente de trabalho, conte para o Sindicato por meio do Whatsapp (11) 96078-0209.

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