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EDIÇÃO # 36
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Centrais se unem em torno do projeto da candidatura de Haddad

Por Cristiane Alves | 17 out 2018

Se no primeiro turno as centrais apoiaram diferentes candidatos, neste segundo turno o consenso é que somente a eleição de Fernando Haddad (PT) e sua vice Manuela d’Ávila (PCdoB) representa a pauta da classe trabalhadora, hoje oprimida pela reforma trabalhista e pressionada pelo desemprego. O posicionamento foi anunciado na quarta-feira, 10, em ato com a presença dos candidatos.

As centrais entregaram a Haddad a pauta da classe trabalhadora e um documento em que deixam claros os motivos do apoio. “O programa de governo de Haddad está em sintonia com os interesses da Nação e do nosso povo. Propõe a revogação da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Propõe a retomada do desenvolvimento e crescimento econômico, com distribuição de renda, inclusão e justiça social e redução do desemprego”, esclarece o documento “Por Que a Classe Trabalhadora Deve Eleger Haddad”.

Projeto de Fernando Haddad possibilita o diálogo sobre interesses dos trabalhadores. Foto: Ricardo Stuckert

É muito concreta a diferença do projeto dele com o de Jair Bolsonaro (PSL), que pretende aprofundar o desmanche de direitos feito pelo governo Temer. “Jair Bolsonaro defende os interesses de grandes corporações nacionais e estrangeiras, seu projeto privilegia o mercado financeiro sobre qualquer outro setor da sociedade. Sua intenção de supressão dos direitos dos trabalhadores é tão flagrante que o candidato afirmou que, se eleito, vai criar uma “nova” carteira de trabalho em contraposição à atual. Com esta fantasiosa carteira, o empregado não terá nenhum dos direitos previstos na CLT como férias, 13º salário e licença maternidade”, afirma o documento, assinado pelas centrais Força Sindical, CUT, UGT, CSB, NCST e Intersindical.

Haddad enfatizou: “É uma contradição nosso adversário dizer que vai manter todas as medidas do governo Temer e vai oferecer mais. Não é cortando direitos históricos da classe trabalhadora que vamos contribuir para o crescimento”. [com Rede Brasil Atual e Ag.Sindical]