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Jorge cobra Rossetto diálogo e fortalecimento do Ministério do Trabalho

Por Cristiane Alves | 25 ago 2015

Diálogo efetivo do governo da Presidenta Dilma Rousseff com os movimentos sociais e o fortalecimento do Ministério do Trabalho. Essas foram as duas principais reivindicações feitas pelo presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, ao ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-geral da Presidência da República, em reunião realizada na manhã desta terça-feira, 25, na sede da Força Sindical, em São Paulo.

Jorge lembrou ao ministro que o governo não tem procurado as contribuições do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), espaço de diálogo com a sociedade criado no governo Lula, do qual ele faz parte. O CDES é um instrumento para construção de políticas públicas, que poderiam ajudar a fazer frente a atual situação do país. “Temos uma crise econômica e política grave”, enfatizou Jorge.

O presidente do Sindicato também reforçou que a carência de infraestrutura do Ministério do Trabalho só tende a se agravar se no corte de ministérios anunciado pelo governo estiver prevista a junção do Ministério do Trabalho com o da Previdência. “Agora, o que é pauta-bomba, ministro? Pauta-bomba para quem? Fomos contra a desoneração da folha e agora estamos constatando o resultado. Quanto ao Ministério do Trabalho e Emprego, o que será feito dele? Se houver uma junção com a Previdência Social, o trabalhador vai perder novamente”, declarou Jorginho.

Além de Jorge, o nosso Sindicato foi representado pelos diretores Roberto Brito e Gilberto Almazan. Os conjunto sindicalistas presentes também cobraram diálogo. João Batista Inocentini, presidente-licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, reclamou da falta de diálogo, e citou como exemplo o fato de o governo ter divulgado o pagamento em parcela única do adiantamento do 13º salário, sem avisar previamente os sindicalistas.

Fórum de Debates – O ministro anunciou a instalação, no dia 2 de setembro, em Brasília, do ‘Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e da Previdência Social’, que será um espaço para debater e negociar, permanentemente, uma agenda que contenha temas como desenvolvimento, inclusão social e distribuição de renda.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, lembrou que este espaço de negociação e diálogo para enfrentar a crise existia nas Câmaras Setoriais e também nos Conselhos de Competitividade. “Agora teremos o Fórum, e será importante olharmos para frente. Grande parte da crise se dá exatamente por falta de diálogo, e a sociedade está precisando de um gesto”, afirma Miguel.

Segundo o ministro, os últimos doze anos de crescimento do País podem servir de referência nestas discussões. “Acredito nas negociações permanentes, e o Fórum tem justamente esta função. Há espaço para manifestações como as colocadas aqui”, disse, referindo-se às questões colocadas pelos sindicalistas durante o encontro. “É importante falar na reforma ministerial e em um Ministério do Trabalho e Emprego forte para atuar ao lado dos Sindicatos”, destacou lembrando de experiências como a construção do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) que teve a participação das centrais sindicais.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18