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Metalúrgicos tomam a linha de frente de atos na região contra as reformas

Por Mamuths | 01 fev 2018

O protagonismo dos metalúrgicos de Osasco e região ganhou destaque nesta quarta-feira, 15, durante manifestações do Dia Nacional de Lutas contra as reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. A pressão começou nas principais fábricas da base, antes mesmo do sol sair e os metalúrgicos mostraram que são contra a quaisquer retiradas de direitos. Depois ganhou o reforço de trabalhadores de outras categorias, que somaram mais de 2 mil pessoas e tomaram as principais ruas de Osasco na luta por nenhum direito a menos.

A mobilização foi reforçada em empresas, como Cinpal, Terex e New Oldany. Em Osasco, companheiros da Belgo, Bridon, Magnum, Construmolde, Brasanitas (as duas últimas, empresas prestadoras de serviço em metalúrgicas) se uniram aos trabalhadores da Meritor, onde juntos manifestaram toda indignação contra as reformas propostas pelo governo Temer.

“É um desrespeito. Os políticos estão lá para nos representar, para fazer o que nós precisamos, e não ao contrário. Mas não, agora, a gente que está tendo que fazer o que eles querem. Tá tudo errado, temos que mudar isso daí e não deixar essas reformas serem aprovadas”, avaliou um companheiros da Meritor.

Outro companheiro da Meritor reconheceu que falta ainda um pouco de conscientização por parte de alguns trabalhadores, por isso a importância do Sindicato continuar o processo de mobilização contra os retrocessos. “Tem gente que acha que o importante é defender o seu emprego e não os seus direitos. Isso está errado porque emprego a gente encontro outro, os direitos permanecem com a gente independente do local em que estivermos trabalhando”, concluiu.

Lideranças da região, como Tafarel, dos bancários, Joaquim dos Gráficos, Everaldo dos Químicos, e José Elias de Gois, presidente do Cissor, também fortaleceram o ato em frente a Meritor. Hoje com um sindicato forte, como é o caso dos metalúrgicos que é combativo, a gente tem dificuldade para avançar nas negociações, imaginem o que é um trabalhador negociar diretamente com o empregador. Portanto ou nós nos mobilizamos, nos organizamos, levamos esta discussão para os nossos bairros, ou vamos perder nossos direitos”, ressaltou Goes, que completou: “Temer não tem compromisso nenhum com o direito do trabalhador. O compromisso dele é com a elite que ele representa”.

Goes disse isso em referência a reforma trabalhista, que pretende flexibilizar a CLT e enfraquecer a organização dos trabalhadores. Na mesma linha, Monica Veloso, diretora do Sindicato e vice-presidenta da CNTM, reforçou a importância da luta.

“Essa luta é pela nossa dignidade. Nenhum direito a menos significa nós garantirmos que os nossos direitos prevaleçam. Quando se fala em prevalecer o negociado pelo legislado nós podemos achar que a nossa convenção vai garantir melhores condições de trabalho para nós, isso pode ser na Meritor por exemplo. Será que os companheiros da Magnum têm a mesma condição, será que um comerciário tem a mesma? Tão querendo rasgar a nossa Convenção, querendo que a gente se fragilize, é esse o interesse dos políticos. Aquela Câmara não representa os trabalhadores, se representasse não estariam querendo rasgar a CLT”, enfatizou Mônica.  

Ato em Osasco – Depois da assembleia, os companheiros seguiram até o calçadão de Osasco e somaram forças a trabalhadores de diversas categorias, como comerciários, bancários, frentistas, químicos. Dali seguiram em marcha pelas ruas Marechal Rondon, Antonio Agú, Dona Primitiva Vianco e Avenida dos Autonomistas. Durante a passeata, dirigentes sindicais de diversas categorias se revezaram para informar a população os riscos que os trabalhadores terão, caso as reformas sejam aprovadas da forma que estão.

“A nossa luta é contra a reforma da Previdência e também trabalhista, que é tão ruim ou pior quanto a reforma da Previdência que pode destruir a organização sindical. Não tenham dúvidas que é um trator se aproveitando de uma crise, gerada por eles mesmo”, destacou o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.     

Em Cotia, uma parte da diretoria do Sindicato também participou de ato em frente à Prefeitura da cidade, mostraram que são contra as propostas apresentadas pelo governo e que vão pressionar os deputados para que votem contra a quaisquer retiradas de direitos.

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