As metalúrgicas da região de Osasco amanheceram nesta sexta-feira, 30, com muita luta, demonstração da determinação da categoria de barrar as reformas do governo Temer.

Em empresas como: Belgo, Cinpal, Elbac, Arim, Metalsa, Multivisão, Zoppas, Onix, entre outras, os trabalhadores não entraram para trabalhar, participaram das assembleias organizadas pelo Sindicato para explicar o andamento das reformas trabalhista e da Previdência. Sobra insatisfação e preocupação. “Tenho 37 anos, comecei a trabalhar aos 14. Quando vou me aposentar com essa reforma da Previdência?”, questiona um companheiro da Belgo. A resposta é: vai ter de trabalhar pelo menos até os 65 anos, para, então, atingir a idade mínima exigida pela reforma da Previdência, ou seja, vai ter de cumprir pelo menos 42 anos de contribuição. Um absurdo.

Para uma trabalhadora também da Belgo, não resta outro caminho que não a luta. “Tem que ter mesmo muita mobilização, a gente está perdendo muitos direitos”, avalia.

E este foi o objetivo do Dia Nacional de Lutas. Por isso, depois de se concentrar em frente a Belgo, os metalúrgicos caminharam até o Largo de Osasco, onde encontraram companheiros de luta de outras categorias. De lá, partiram para uma passeata pelo Calçadão da rua Antonio Agú, Av. dos Autonomistas e rua Dona Primitiva Vianco. O grito de “Fora Temer” foi um dos mais entoados porque, para nós, um dos caminhos para derrotar as reformas é a convocação de novas eleições diretas para definir nas urnas um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil.

Em Taboão da Serra, também teve passeata, os metalúrgicos saíram da Cinpal e Spaal e se encontraram com a militância de movimentos sociais. Juntos, eles caminharam pela rodovia Regis Bittencourt rumo a Prefeitura da cidade. 

O Dia de Lutas também movimentou as redes sociais, no Twitter, por exemplo, a hashtag #GreveporDireitos ficou no topo dos assuntos mais falados no Brasil, no período da manhã. O dia vai terminar com uma grande manifestação na Av. Paulista, que começa às 16h.

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