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Cortes de governo Bolsonaro colocam em risco pesquisa na Fundacentro

Por Cristiane Alves | 04 set 2019

A apreensão só cresce na Fundacentro, em São Paulo. O órgão voltado à produção de conhecimento à serviço da saúde e segurança é um dos atingidos pelo corte orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro. Os funcionários terceirizados que ainda restam estão ameaçados de demissão.

Servidores se solidarizam com terceirizados e pressionam direção

No último dia 30, havia a previsão de corte de 115 terceirizados, o que desfalcaria todos os setores administrativos. No entanto, a medida foi adiada graças a pressão dos servidores e também externa a Fundacentro, de pessoas e organizações. A administração decidiu realizar demissão parcial do quadro de terceirizados, mantendo os contratos até 31 de outubro de quem permaneceu. A tensão e a insegurança permanecem, contraditoriamente, num local que deve zelar pela saúde dos trabalhadores.

Já aconteceram cortes de terceirizados desde o início do ano e a contenção de gastos atinge também a manutenção predial, há goteiras pelo prédio. As mudanças atendem a portaria 424/21, de 21 de agosto de 2019, do ministério da Economia, que impõe uma série de medidas de “racionalização de despesas”.

O mês de setembro também começou com novo horário de funcionamento: até as 18h. Todas as atividades deviam ser concluídas até este horário, mesmo que houvesse um curso em andamento ou uma pesquisa em execução. Às 18h as luzes são apagadas e a produção científica fica impedida de fluir.  Ontem, porém, uma nova portaria voltou atrás nessa mudança, fazendo com que o horário de funcionamento retornasse para 6h50 às 20h10. Vitória da pressão dos servidores.

Com tudo isso, sofrem os trabalhadores e também fica comprometido o futuro da produção de conhecimento que contribui para a prevenção de doenças e acidentes de trabalho. Um dos servidores, que preferiu não se identificar relata que “isso está levando ao desestímulo de continuidade na instituição de quem já pode se aposentar. Vai haver aposentadoria de quem tem pesquisa há muitos anos”, alerta. A situação é agravada pela falta de concursos públicos para repor servidores.

[com informações G1, O Estado de S.Paulo, Ag.Brasil]

Alterado em 4/9/2019, às 10:02 para inclusão de informação sobre o horário de funcionamento do prédio

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05