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Biografia sobre José Ibrahin será lançada nesta quarta-feira, na sede

Por Cristiane Alves | 02 maio 2018

Acontece na noite desta quarta-feira, 2, o lançamento da biografia de José Ibrahin, na sede do Sindicato, a partir das 18h30. Escrita pela jornalista Mazé Torquato Chotil, a biografia conta a história de Ibrahin, que presidiu o Sindicato entre 1967 e 1968 e foi uma das lideranças da Greve de Osasco, de 1968.

Ibrahin estava a frente da diretoria que retomou o trabalho de base da nossa entidade, fortalecendo a comissão de fábrica da Cobrasma. Foi um dos membros da direção cassada pela ditadura, em 18 de julho de 1968, em represália a Greve de Osasco. Mas, com isso, os militares não o intimidaram: depois disso, Ibrahin ingressou na VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e partiu para a luta armada. Foi preso, torturado e foi para o exílio, após ser um dos militantes trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick. Voltando ao Brasil, ajudou a construir o PT e o PDT, além das centrais Força Sindical, CUT e UGT. 

João Joaquim (esquerda) ao lado da jornalista Mazé Chotil lembram Ibrahin e a resistência contra a ditadura

Todos esses momentos estão registrados na obra de Mazé Chotil, que se valeu de entrevistas com parentes e amigos; além de documentos, inclusive o arquivo do Sindicato.

Ceneart – O livro também foi lançado na escola Ceneart, de Osasco, na sexta-feira, 27. Na escola estudaram Ibrahin, José de Campos Barreto, Antonio Roberto Espinosa, entre outros que se tornaram lideranças da greve e da luta pela restauração da Democracia no Brasil, contra a ditadura que oprimia e torturava.

O Sindicato foi representado no evento pelo secretário-geral, Gilberto Almazan, e por João Joaquim Silva, que foi outro diretor do nosso Sindicato cassado em 1968 e também estudou no Ceneart. “Fiquei mais ou menos dois anos procurando emprego. Só no ABC paulista fui em 63 empresas. Tinha empresa que eu chegava, fazia a ficha, levava os documentos e, no dia seguinte, falavam: sua vaga foi suspensa”, lembrou João da dificuldade gerada pela lista suja criada pelas empresas para impedir que participantes da greve pudessem continuar com suas vidas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11