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Aumento real pode ser melhor no 2º semestre, aponta Dieese

Por Auris Sousa | 30 ago 2012

Os reajustes salariais no segundo semestre deve repetir o patamar que os do primeiro semestre de 2012, em que 96,5% das 370 categorias obtiveram aumento real. Foi o que disse o coordenador de Relações Sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), José Silvestre Prado de Oliveira, nesta quinta-feira, 30, durante divulgação do balanço das negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre, em São Paulo.

Mesmo com as projeções de crescimento da economia de 2% ou menos do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, o Dieese tem a expectativa de que o porcentual das categorias que terão aumento real será recorde em 2012. “A tendência é de que o porcentual de 96,5% das categorias que tiveram aumento real no primeiro semestre se mantenha no desempenho anualizado e supere o recorde de 2010, de 88,2%”, avaliou Silvestre.

Embora a economia seja importante, para ele, ela não é o fator determinante. Ele defende que outros pontos contribuíram para a conquista de aumentos reais no primeiro semestre e também colaborarão para o segundo. “Certamente, a taxa de inflação mais baixa e o aumento do salário mínimo criam um ambiente favorável ao reajuste e ao ganho real, aliados à ação sindical, ao mercado de trabalho aquecido e ao crescimento da massa salarial, que impulsiona os desempenhos das vendas”, explicou.

Negociações no setor metalúrgico – Na avaliação de Silvestre, as negociações com o grupo patronal do setor metalúrgico, principalmente autopeças, não serão fáceis, mas deverão seguir o mesmo patamar do primeiro semestre. “As negociações serão mais duras, mas esperamos resultados semelhantes com os do primeiro semestre para o setor [metalúrgico]”, avaliou.

Ele defende que a retomada da economia com as medidas de estimulo ao crescimento econômico – como desoneração da folha e redução de IPI, adotadas pelo governo federal, se dará com mais intensidade no segundo semestre e favorecerá as futuras negociações.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18